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Ajuda-te, que o céu te ajudará

  • Carlos Sergio Maia Mondaini
  • 22 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

"A forma mais nobre de caridade é o esclarecimento, assim como a mais adequada de autoajuda é o autoconhecimento"

Quando Jesus nos falou que o reino dos céus estava próximo, deixou claro para os bons entendedores, aqueles que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir, que o reino dos céus estava em nós e nós nele, porque, em verdade, de dentro desse reino nós nunca saímos, apenas não temos consciência disso. Então, não usufruimos dessa benesse porque não estamos conscientes dela, pois só desfrutamos daquilo com que nos sintonizamos e nos conscientizamos.

Dessa forma, ao falar-nos dessa proximidade, Jesus alertou-nos para a necessidade da busca dessa consciência, o que significa interiorizarmos a nossa visão para que conheçamos a nós mesmos. Assim, já diziam os sábios gregos da antiguidade, ´conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo´.

No entanto, o caminho para chegarmos a essa visão, do ser completo e integrado à criação, implica o autoconhecimento e o seu aprofundamento progressivo; e o que pode prejudicar esse esforço é o fundamentalismo de muitas religiões com seus aspectos acerca de dogmas, conceitos e definições.

Ora, muitos desses aspectos, às vezes tão prezados pelas instituições religiosas, provocam o enrijecimento das ideias a respeito dos objetos das definições e dos conceitos, pois lhes enquadram nos limites, ao sabor das convivências e da abrangência da própria consciência dos dirigentes, quando sobre o entendimento de tais coisas, que deve ser dinâmico por natureza, não se pode estabelecer a última palavra.

Resta-nos, então, esse entendimento que é dinâmico por natureza e se desenvolve, paralelamente, no aumento da abrangência de consciência dos seres, pelo esforço dos estudiosos do autoconhecimento e das filosofias religiosas, mas com a devida liberdade de pensamento que, muitas vezes, o rótulo não permite.

O fato é que sem a liberdade de ler e meditar, livremente, a respeito das coisas, submetendo as informações obtidas ao crivo da consciência e do bom senso, não é possível o aperfeiçoamento de uma visão do destino e da finalidade dos seres na criação.

Isso não quer dizer que as religiões estejam erradas por suas respectivas doutrinas, mas apenas presumir que cada uma delas se adequa, devidamente, ao nicho da humanidade a que se destina e ao estado evolutivo em que este se encontra, sendo todas as manifestações religiosas indispensáveis e importantíssimas nesse mister.

No entanto, em que pese a imprescindibilidade das religiões para cada ser, na sua senda evolutiva, chegará o dia em que deve estar pronto para alçar voo do ninho que o amparou e o proveu nos dias da sua infância espiritual. Só a meditação e observação sobre o voo dos que nos antecederam e se nos adiantaram, nos permitirá a façanha de nos lançarmos à decolagem do ninho que nos amparou inicialmente. Para essa façanha, Deus nos capacitou a todos, mas o esforço é nosso.


 
 
 

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