

Este é um espaço destinado a troca de informações/idéias, com Homeopatas (Terapeutas e/ou Médicos), bem como com o público em geral, que de certa forma busca um outro caminho para seu processo de cura/harmonização além do oferecido pelo Estado (Alopatia). Podem registrar suas dúvidas, criticas, elogios, sugestões, pedidos de tema, etc., basta acessarem o link "CONTATOS". Tudo de bom, agora e sempre.
Homeopatia
Até Shakeaspeare reconheceu o valor dos semelhantes ao escrever em Romeu e Julieta: ´Ora, homem, um fogo queima a chama de outro; uma dor é atenuada pela angustia de outra, a mudança vertiginosa se detém pelo seu avesso; um pesar desespe-rado se cura pelos suspiros de outro; uma nova infecção no olho, mata o violento veneno da antiga´. Johan Wolfang Goeth declarou o valor especial dos semelhantes em sua peça mais famosa, FAUSTO: ´Para o semelhante o semelhante, qualquer que seja o mal, é ajuda na certa.´
No Oriente, a arte marcial Aikidô se baseia no princípio de que, ao usar a força do atacante contra ele mesmo o indivíduo é capaz de se defender do que tentar investir diretamente contra os golpes do adversário. Da mesma forma, os medicamentos homeopáticos são selecionados pela capacidade de combinarem e imitarem os sintomas do doente, caminhando no mesmo sentido, e não contra, os esforços do corpo para se curar.
Compreende-se portanto, que Steward Bradn, editor do ´Whole Eart Catalog´, se refira a Homeopatia como Aikidô Médico. A Lei dos Semelhantes pode, efetivamente, ter várias aplicações, mas seu uso na cura constitui a própria base da medicina homeopática. E este tem um sentido claro e óbvio: como os sintomas são defesas do corpo, é lógico aju-dá-los, e não suprimi-los. Descobrir o medicamento correto envolve mais arte e discernimento do que a simples procura de um medicamento que cubra a maioria dos sintomas.
Conceitos Básicos
A palavra HOMEOPATIA deriva de dois termos gregos que significam ´Sofrimento Semelhante´ (homoios = semelhante; pathos = aquilo de que se sofre). Refere-se a um método de tratamento médico baseado em lei fundamental, que tem sido muitas vezes provado pela experiência. Concebe as moléstias como simples grupos de sintomas da alteração geral da energia vital. Cura-os com agentes que produzem no corpo são grupos de sintomas semelhantes, os quais são usados em doses mínimas, usualmente infinitesimais, que agem sobre a energia vital alterada por meio da sua energia curativa posta em liberdade pelo seu modo de preparação farmacêutico ou pelos próprios líquidos orgânicos (dinamização).
A semelhança sintomática – não a exigüidade da dose como se pensa vulgarmente – é a base da homeopatia. É verdade que se usa comumente doses infinitamente pequenas, porque, de maneira geral elas agem mais eficientemente (podem-se empregar doses grandes). A dose diminuta prescrita não é mera diluição – ou atenuação – da droga forte, é o que se chama potência, isto é, algo que possui poder. O método especial usado na preparação libera um poder terapêutico latente, mas não disponível na substância bruta.
Na verdade, muito freqüentemente, a dose é tão pequena que a detecção da droga pela análise ordinária estaria acima das possibilidades de qualquer química, pois somente resta na preparação a potência ou emanação da droga original. E como se chega à prescrição? Deve-se considerar que a doença como tal, em abstração, não existe na realidade, há pessoas doentes. O indivíduo integral deve sempre estar em mente. Este homem integral é mais do que a soma total dos seus órgãos. De fato, o corpo físico, mortal, é apenas o instrumento pelo qual a personalidade imortal do SER se manifesta e entra em relação com outras personalidades e com o meio ambiente. É ne-cessário diagnosticar o paciente como um todo. Deve-se prosseguir até descobrir com que espécie de pessoa está se lidando. Sente-se bem no tempo frio ou no tempo quente? Tem medo de trovão? Prefere ficar só ou acompanhado? Quando doente, quer que se ocupem com ele ou fica inteiramente isolado? É através dessas reações que a personalidade do paciente serve de guia ao remédio homeopático. Se essas reações se alteram de um modo ou outro pela doença do paciente, são elas particularmente indicadoras do remédio.
Combinando as respostas a essas, e outras questões, chega-se a um remédio com combinação semelhante das respostas, quando foi experimentado em pessoas sadias durante a pesquisa. Não há efeitos colaterais a serem vencidos. O curso da doença é, em geral, notadamente livre de complicações, e a convalescença é muito mais rápida. Não se deve procurar remédio específico para todos os casos de determinada doença, pois os indivíduos muito diferem um do outro nas suas reações à mesma infecção aparente.
É necessário buscar o remédio individual, que corresponde a uma pessoa particularmente na-quele momento determinado. A Homeopatia é um sistema de tratamento que usa substâncias especialmente preparadas e altamente diluídas para colocar em ação os mecanismos de cura do próprio corpo, de forma abrangente. Utiliza uma série de substâncias derivadas de plantas, animais, minerais, substâncias químicas sintéticas ou drogas convencionais, todas em quantidades ínfimas, usando um processo de preparação especial.
Esse processo de preparação compreende a diluição em etapas com agitação (sacudidas) entre as etapas. Os preparados homeopáticos, como já foi citado anteriormente, são testados em indivíduos saudáveis para determinar seus efeitos. Esses efeitos são então usados como sintomas-guias para a administração do remédio apropriado ao doente. Essas diretrizes são orientadas para o padrão total de sintomas apresentados pela pessoa em vez de um subconjunto de sintomas ou uma causa pressuposta dos sintomas que compõem o diagnóstico.
Os mecanismos de cura do próprio corpo acontecem de acordo com o ritmo de mudança natural do corpo. Às vezes é rápido e completo e outras vezes pode ser lento ou não surtir qualquer efeito. A Homeopatia influencia o processo dinâmico da doença em vez das suas manifestações estruturais ou anatômicas. A Homeopatia é basicamente um método de administração de medicamentos. Contudo, são medicamentos que trabalham com o corpo. Basicamente toda cura é uma jornada pessoal. Às vezes, parece vir de fora, às vezes vir de dentro, às vezes não se dá. De qualquer forma, a cura vem quando a doença motiva a pessoa a buscar uma mudança. Embora às vezes o processo possa parecer caótico e longo, sempre começa com a intenção de uma vida mais satisfatória.
-
Fármaco ou droga : matéria médica de ação farmacológica das formas farmacêuticas básicas;
-
Insumo ativo : forma farmacêutica básica ou derivada, constituindo ponto de partida para o prosseguimento das dinamizações;
-
Insumo inerte (veículo) : substância complementar de qualquer natureza, desprovida de propriedades farmacodinâmicas ou terapêuticas, utilizadas no veículo ou excipiente de formas farmacêuticas;
-
insumos inertes das formas farmacêuticas de uso interno: água destilada; álcool absoluto; álcool etílico; álcool diluído; álcool etanol (de 20 a 90%); glicerina diluída; lactose, sacarose, amido (os três últimos da farmacologia brasileira); glóbulos inertes de sacarose pura ou em mistura com lactose;
-
insumos inertes das formas farmacêuticas de uso externo : água destilada; etanol de diversos títulos; cera amarela; gelatina; glicerina; glicerina diluída; lanolina anibra; lanolina; manteiga de cacau; óleo de amendoim; óleo de algodoeiro; óleo de gergelim; talco; vaselina branca; parafina líquida.
-
Sucussão : método empregado na preparação de medicamentos homeopáticos líquidos, ato de bater, forte e ritmicamente contra anteparo apropriado, o continente (vasilha), com volume de 2/3 de sua capacidade.
Patogenesia
A experimentação de um medicamento parte do princípio de que o experimentador deve ser:
-
O mais sadio possível;
-
Dotado de bom senso crítico;
-
Grande honestidade e,
-
Isento de hipocondria.
Os sintomas apurados de tais experimentos receberam o nome de PATOGENESIA da substância pesquisada. Assim, pode-se chegar ao máximo das alterações geradas pelo experimento. Patogenesia constitui o conjunto de manifestações apresentadas pelo individuo sadio e sensível, durante a experimentação de uma droga.
A reunião dos quadros experimentais devidamente catalogados ou patogenesias, passou a constituir a Matéria Médica Homeopática, ou estudo das personalidades homeopáticas. A patogenesia é a síntese de sintomas artificiais gerados no experimentador: o indivíduo sadio torna-se experimentalmente um indivíduo artificialmente enfermo.
A Homeopatia aproveitou como se fossem experimentos os seguintes casos, enriquecendo as patogenesias:
-
Acidentes de intoxicações involuntárias;
-
Acidentes de intoxicações voluntárias (tentativas de suicídio);
-
Experimentos em animais, e
-
Estudo de peças cirúrgicas e de autópsias.