Zona de Conforto
- Caminhos Alternativos
- 10 de abr. de 2017
- 2 min de leitura

Zona de Conforto
Área, local ou condição na qual a consciência se sente sob aconchego, com o máximo de bem estar e segurança, inteiramente satisfeita e despreocupada. Esta condição vem cada vez mais sendo alimentada pela modernidade, sendo que, quanto mais se usufrui dela, maior é o indicativo de ´sucesso´.
Como tudo o que se manifesta em nossa realidade concreta e dual, a zona de conforto vem proporcionar a aquisição/construção de aspectos positivos e negativos, de onde destacamos:
Aspectos positivos:
A possibilidade de aumento da auto-crítica.
O ato de questionar os efeitos do próprio conforto.
A decisão de fazer coisas novas, assumir riscos.
Identificar novas descobertas e estabelecer novos vínculos evolutivos.
A aprendizagem com os próprios erros.
A ousadia da mudança.
Aspectos negativos:
Predomínio dos sentidos somáticos.
Aumento/aquisição da comodidade e/ou preguiça.
Defesa da ´sombra e água fresca´ como sendo algo natural, permanente e necessário.
O predomínio da ´inércia´.
O ´encaramujamento´.
Os ´auto-placebismos´.
A estadia neste ´espaço´ varia de criatura para criatura, mas o certo é que não se pode nela permanecer de forma indefinida. Para muitos funciona como espaço de refrigério entre as incontáveis batalhas da existência, sendo que, para tais criaturas, acostumadas que estão às lutas evolutivas, o tempo de permanência será bem menor, porém, para os espíritos acomodados, inseguros ou covardes, a intenção é de nunca mais abandoná-la. Quanto maior o tempo de permanência, maior o risco do estabelecimento do ´apego´ e, consequentemente, maior a dificuldade para dela se livrar.
A criatura, com o passar do tempo, vai ali se cristalizando, construindo em volta de si mesma um casulo, alimentando-se da informação errônea, de que ela é a única realidade. Estar inserido nesta ´zona de conforto´, num primeiro momento, é altamente compensatório, contudo, com o passar do tempo,vem a se tornar instrumento de consumo de todas as energias propulsoras de renovação da criatura.
É um grande desafio abrir mão de tudo o que ela oferece, porém, ao fazer isto e sair em busca de novos espaços e conquistas, a criatura se renova, se amplia, até que venha atingir, por sua vez, uma ´nova zona de conforto´, ciclo este que deve manter-se até a devida superação da dita ´condição humana´.
A criatura, em sua caminhada evolutiva, de acordo com sua sensibilidade e amadurecimento, tanto pode sair desta ´zona de conforto´ para uma ´zona de desconforto´, quanto dar um ´salto existencial´, onde, como dito anteriormente, pode se deparar com uma nova ´zona de conforto´ (certamente, por se encontrar a criatura em nível existencial mais elevado, esta nova ´zona de conforto´ haverá de oferecer muito mais conforto e atrativos).
Por mais que hajam atrativos e prazeres na ´zona de conforto´, o que efetivamente faz com que a criatura ali fique (ou deseje ficar) estacionada, é o que ela traz em seu íntimo, o que - através do efeito de ressonância - irá magnetizá-la em maior ou menor intensidade, desta forma, a grande batalha não vem se dar contra o ´canto da sereia´ ou, com o chamado ´ouro de tolo´, mas sim, com a natural condição íntima de cada um, isto, nos faz repetir a máxima: ´Nosso maior inimigo não está fora, está em nós mesmos´.
Boa reflexão.
Luz.
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