
SULPHUR
- o ´Pensador´ , o ‘Filósofo esfarrapado’
da Matéria Médica -
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Origem : Corpo simples da família dos metalóides, encontrado em grande quantidade na natureza, próximo a certos vulcões (em estado nativo), combinado com metais seja como sulfureto ou sulfato; nos compostos orgânicos entra na constituição de materiais albuminóides, apresenta-se em forma de corpo sólido, amarelo-limão e sem odor; insolúvel em água e álcool, solúvel em éter, benzina, azeites e sulfureto de carbono.
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Adequado às pessoas com diátese escrofulosa, sujeitas à congestão venosa. Pessoas de temperamento nervo-so, movimentos rápidos, prontamente exaltadas, ple-tóricas, de pele excessivamente sensível às mudanças atmosféricas. Pessoas magras, de ombros curvados, que se sentam e caminham curvadas, andam encur-vadas como os velhos.
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Abandona suas coisas.
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aborrece-se:
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Facilmente de suas amizades.
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Com tudo, se encoleriza e se torna mal humorado por ouvir qualquer palavra, pensa que deve se de-fender e se torna exasperado.
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Absorto em si mesmo; Imersão em seu mundo.
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Acredita que está sendo acossado.
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Ágil, caminha a 100 km/h pela rua; habilidoso pa-ra as atividades manuais; precipitado e desorde-nado.
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Agitação, inquietude, excitação durante a noite.
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Alegre; farrista; jovial, contente; apaixonado; normal-mente é autoconfiante; brincalhão; caloroso, inclinado a piadas.
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Amargurado mentalmente como se houvesse sido insultado.
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Ansiedade de consciência e ansiedade por sua salva-ção, o que o leva a viver equivocadamente num mun-do com ´verdades´próprias a temer, sem motivo con-creto, o castigo pós-morte e a pobreza em vida – foge do destino que crê vir a ser o seu, teorizando, bus-cando explicações filosóficas, fazendo planos, mas tudo caminha de uma maneira desorganizada; pensa em salvar-se física e espiritualmente.
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Antipsórico principal; tem a propriedade de combater e salvar certos obstáculos que se opõem à ação dos medicamentos indicados pelos sintomas; indicado quando no final de uma enfermidade, o enfermo tarda, sem causa aparente, para ir até a cura.
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Aparenta estar ocupado, atarefado.
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Apreensão como se fosse perder sua vida imedia-tamente.
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Argumentador, inquisitivo, tem mania de averiguar o porquê das coisas, mania de meter-se em assuntos ou coisas que não lhe correspondem, inoportuno, indis-creto, dispersa sua mente em investigações inúteis.
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Assusta-se com grande rapidez.
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Atarefado infrutuosamente.
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Ateu, deforma os grandes conceitos espirituais e me-tafísicos, duvida da salvação de sua alma.
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Atração entre si, convivem fraternalmente nas praças, ruas, vivendo em verdadeiras comunidades com muita solidariedade dentro das suas sujeiras e desconforto.
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Ausência:
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De gosto pelas coisas demonstram o fastio na vida que os indivíduos Sulphur apresentam quando pre-dominam os sintomas sifilíticos.
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De higiene em seus atos e interesses: mentira, deso-nestidade, usura, avareza, então incorpora e acumu-la conteúdos sujos.
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Avarento, limita a menor quantidade de dinheiro que gasta (ou sua família) e se tem de gastá-lo ´lhe dói até a medula´, controla o consumo de gás, luz, etc., exaustivamente para não esbanjar dinheiro.
Fica sem graça com as mulheres da sua idade.
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Aversão:
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A ser lavado; aversão ao banho, mas quando estão se banhando, brincam na água durante horas.
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À sujeira dos outros, não vêem a sua própria sujeira.
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Aos odores dos outros, ama o seu próprio.
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Bagunça, indiferença pelo seu ambiente, por sua aparência pessoal, sua casa, seu escritório.
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Balança a cabeça para a frente, tem a sensação de não poder equilibrar o peso de sua cabeça, por deficiência do tônus muscular e coluna.
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Barganhando.
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Bipolaridade (sempre que esta bipolaridade está pre-sente devemos pensar na harmonização do contrário e do oposto).
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Boêmio.
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Calorentos, descobrem os pés enquanto dormem.
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Caminha com os joelhos fletidos, como Baryta, encur-vado para a frente; o joelho é assento do poder poli-tico, do poder sobre si e sobre os outros, então, ca-minhar com os joelhos fletidos é o mesmo que flexio-nar-se, ser servil, ademais tem o servilismo, se dobra, está dobrado; servilismo significa uma adesão cega à autoridade de outro, também nisso há uma entrega ´cega´.
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Cansaço de viver, indiferença, indolência, o ostra-cismo, sente-se um fracasso e suicida-se.
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Carece de confiança em si mesmo e teme fracassar, tudo devido ao temor da morte, que por sua vez é conseqüente da ansiedade de consciência e salvação.
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Cientista louco, como o aloprado professor Ludovico.
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Cegueira psíquica, suas mãos se preparam para isso: toca em tudo como se não pudesse distinguir as coisas, deve tocar os objetos para reconhecê-los (exclusivo), só assim o reconhece realmente.
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Certinho, tipo ´mauricinho´, apresentando-se transito-riamente com um verniz artificial.
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Cheio de cuidados e preocupações.
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Chora sem motivo, tudo sem causa; tristeza, grande depressão, extremamente desgraçado, descontente consigo mesmo e com tudo que o rodeia.
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Ciumento com o que é dele (esposa, filhos, perten-ces).
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Cleptomania.
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Comem:
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Coisas asquerosas, gosta de tudo, olhando para o seu prato, vigiando a distribuição da comida, nas refeições, serve-se em primeiro lugar, faz isto de-vido ao grande apetite, à pressa e principalmente para satisfazer antes de tudo sua necessidade ali-mentícias.
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Meleca do nariz, porém não comem no prato que alguém tocou.
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Conduta reativa, estruturação num mundo à sua medida; o medo do fracasso tira o poder de iniciativa; acredita que é um fracasso, uma porcaria, que não serve para nada; ao final de sua existência, seu egoísmo e sua apatia o conduzem ao fracasso de não haver feito nada, ai sua consciência moral fica carre-gada de culpas pelo seu fracasso.
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Conflito:
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Com sua consciência moral e seu dever; por de-sordem, em relação àquelas situações capazes de alterar a ordem, a quietude, o sossego, ou a dispo-sição por ele estabelecida para o controle do seu mundo e tirar a liberdade de seu individualismo ante os pequenos inconvenientes que terminam por abalizá-lo e causar-lhe aflição e culpa.
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Com os humanos que sobreviverão e a quem deseja deixar uma lembrança, pois lembrado não morrerá de todo.
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Confusão mental.
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Controle crítico do mundo externo.
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Corrupto, muito astuto, por isso, pode apresentar uma outra imagem: o meticuloso, o limpo, o prolixo, o responsável, mas detrás de tudo isso está a falta de confiança.
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Demonstra teatralmente suas emoções.
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Deprimidos começam a negligenciar-se, cuidar de si mesmo não tem mais sentido, porque, afinal, ele não é atraente de jeito nenhum.
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Desalinhado.
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Descontrole psíquico, transtornos ilusórios; afluxo de idéias tristes, desagradáveis e desgraçadas.
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Desejos de condimentos, gorduras, estimulantes (des-de os picantes até drogas excitantes), doces, molhos fortes, sal, vinho, álcool.
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Desgosto e náuseas por sua própria eliminação.
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Desordenado.
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Desinteresse de comunicar-se com o meio, se esquece que está por fazer, do que passou, do que disse, do que está por dizer, como se pouco importasse sua relação com o meio, mais do que um estado de con-fusão mental, sua sensação de estar como num sonho é um deleite para a abstração mental de Sulphur.
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Desleixo consigo mesmo, buscando nas drogas um mundo diferente desta enfadonha sociedade consu-mista (hippie).
Desorientado no tempo.
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Desperta os poderes reativos do sistema, aclara o caso.
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Deturpa a realidade para viver o seu mundo interior.
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Dificuldade para compreender e associar certas idéias, grande debilidade e carência mental.
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Diligente, desordenado por ser apressado, ou seja, não acomoda as coisas para não perder tempo, mas é muito escrupuloso com as coisas que o interessam.
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Dinheiro em Sulphur relaciona-se com o temor de perder sua posição lucrativa, tem transtornos por fra-cassos nos negócios; tem o sintoma de barganhar (regateio), (são aqueles que na consulta dão o cheque para 15 dias); sentido de entesouramento, custa a gas-tar dinheiro em bens que não lhe trarão benefícios econômicos superiores ao investimento, adquire uma casa mas não troca os sapatos velhos que possui, isto porque a casa lhe traz lucro, é uma aplicação rendosa, enquanto a compra de um par de sapatos, não; des-cuida de seus negócios, ´cuidava da rua mas não da casa´; são aquelas donas de casa que têm os depósitos cheios de coisas, nunca vai faltar nada, são as pri-meiras a fazer estoques de mercadorias quando sen-tem que vai faltar algo.
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Discurso fanático e dogmático, limites estreitos, obsti-nado e inflexível, sem saber por que.
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Discutidor.
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Doenças resultantes de emoções suprimidas.
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Dominador, duro, implacável.
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Dona-de-casa que acha que é futilidade arrumar sua casa e colocar ordem nas coisas.
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Duvida da boa-venturança de sua alma.
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Egoísmo, a ambição, a ordem exagerada, a egolatria, a mentira, a corrupção.
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Elaborações mentais defensivas com as quais se põe a coberto da ação das noxas afecto-emocionais capazes de desarmonizar seu equilíbrio.
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Engana-se e não consegue encontrar os nomes pró-prios falando ou escrevendo.
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Engole tudo o que lhe acontece, sofre por dentro, não exterioriza nada.
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Eremita que abandona seu emprego executivo e busca viver no campo com animais, livros, discos e a con-templar o firmamento.
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Escrupuloso na prática religiosa, somente entende ´a letra das escrituras e não o espírito contido nesta letra´, tem que seguir tudo ao pé da letra.
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Estranhamento de coisas familiares, portanto não seria raro que esta criança seja estranha para uma mãe Sulphur.
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Evita diálogos.
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Excitável; crê estar em posição hipervalorizada, tem idéias grandiosas, teoriza sem finalidade e sem res-posta.
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Fanatismo religioso.
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Faz planos e adapta a realidade a eles, modificando-os de acordo com o que lhe convém e não de acor-do como se sucedem as coisas; faz muitos planos, mas não os executa, teorizador; indiferente ao prazer; pro-crastinador, inércia.
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Fecha os olhos involuntariamente e cobre os farrapos de seu fracasso com as seda de uma ilusória grandeza.
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Filósofo:
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Andarilho, uma imagem estereotipada de Sulphur, não se mete no mundo senão o olha de fora.
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Criador de sistemas.
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Finge não se importar que os outros não os achem atraentes.
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Fixado em especulações religiosas ou filosóficas, tor-tura seu cérebro com especulações metafísicas;
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Fracassos literários, científicos ou por seus negócios porque conscientiza a futilidade de seu mundo ilusó-rio.
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Gênio:
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Colérico, irritável por bagatelas.
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Tipo Einstein, que tinha como característica desde pequeno, o conhecido horror pela matemática que lhe dificultou o ingresso na universidade.
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Gostam de boa mesa e de bom vinho e no extremo do biótipo encontram-se muitos alcoolistas alegres.
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Hipersensibilidade aos odores ruins.
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Hipervaloriza as atividades intelectuais e desvaloriza as atividades do cotidiano; seja prazeres, ocupações, atividades, seu aspecto pessoal, o bem-estar dos de-mais; nada lhe interessa mais do que criar coisas devido ao seu espírito inventivo.
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Hipocondríaco após a supressão de uma erupção (dura o dia todo, à noite, fica alegre de novo).
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Homossexualidade, horror religioso pelo sexo oposto, tendência à hipersexualidade, mantém-se sexualmente muito ativo, ainda que velhos, longevidade.
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Humor melancólico.
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Idéias mórbidas tomam posse dele e se aglomeram uma sobre a outra, por isso não consegue se livrar de-las durante o dia, e negligencia assim o seu trabalho.
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Identidade perde limites; perde o tempo ou esse transcorre muito rapidamente, se lhe escapa das mãos, igual aos objetos que deixa cair.
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Ilusão:
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De que seu corpo é negro (temos que analisar a pa-lavra negro – preto; em Chevalier expressa a passividade absoluta, o luto preto, sem esperança; o negro é a perda definitiva, a queda sem retorno a nada; se vestem de preto quando são expulsos do paraíso, é a cor da condenação e se converte na cor da renúncia e da vaidade deste mundo – o medica-mento tem como característica a vaidade – diz Chevalier: se é preto como as águas profundas é também porque é grande a reserva de todas as coi-sas, Sulphur tem sonho com água; o negro possui um aspecto de obscuridade e impureza, está ligado à perda da visão).
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De que é imensamente rico, com os seus trapos e quinquilharias que considera sua fortuna.
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De ser um homem grande, mesmo sendo pobre, sem cultura, ignorante, destrói sua roupa, imaginando ter tudo em abundância.
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De que é desgraçado.
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Imagina que está grávida.
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Impulso ao suicídio por afogamento, ou se jogando de uma janela.
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Inclinação às especulações mentais, metafísicas, filo-sófico, intelectual; idéias ´fabulosas´.
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Inconsciente de seus defeitos.
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Inconseqüentes, que recusam ofertas de emprego e mesmo à custa de sacrifícios financeiros, optam por trabalhar por conta, sem relógio, sem patrão, sem dis-ciplina, não tolerando regras.
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Indiferença:
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Pelo aspecto pessoal, inclusive com sua higiene pessoal, barbudos com o cabelo grande e despen-teado, descuidado, negligente, indiferença pelos seus deveres, por horas se senta imóvel, indolente, sem qualquer pensamento definido, embora tenha muitos assuntos para cuidar.
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Em relação à sorte dos demais.
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Indisposto a tudo, não sabe o que se passa com ele, não encontra nada que o alegre.
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Infeliz demais para continuar a viver.
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Intelectual inclinado a meditar mas não a trabalhar verdadeiramente.
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Introduzido numa torre de marfim para que nada lhe importe muito, sabe que os obstáculos que encontra em seu conforto equivocado de vida lhe desatam cri-ses de cólera das quais se arrependerá em seguida.
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Introspectivos, dados à meditação, absortos, ausentes; isolamento em seu mundo, aversão à companhia.
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Inventa teorias.
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Irritável e colérico, porém com a modalidade do fácil arrependimento.
Junta objetos velhos, sem valor.
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Língua de víbora.
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Melancolia profunda, se considera uma desgraça, fala em morrer, acha a vida insuportável.
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Mania de ler livros de medicina (ansiedade hipo-condríaca);.
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Memória fraca especialmente para os nomes próprios ou falta de memória total, particularmente para as pa-lavras que acabou de ouvir; deficiência mental real, perda da memória, não consegue concatenar as idéias, mente inquisidora.
Mentiras e roubos, crendo-se uma grande
pessoa, desejando receber agrados de todos.
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Mortificado profundamente, não tolerando a menor injustiça, a depressão o leva a um estado de indiferen-ça por tudo, inclusive ao prazer, em meio de um gran-de fastio pela vida tristeza profunda associada à sensa-ção de embotamento.
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Não...
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Consegue dormir (como Nux vômica) entre 3 e 4 horas da manhã, porém quando adormece, tem difi-culdade de despertar (pela manhã) e somente o consegue mediante um esforço incomum.
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Conseguem permanecer em pé.
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Pode decidir a respeito de qualquer assunto.
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Sabe se os objetos são reais até que os toca.
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Se sente amado por seus parentes e amigos; o tema de abandono existe porque ele não se permite o contato com os demais, então se ele não quer, como vão querer-lhe?
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É otimista, que não é o alegre, aquele tipo que está numa boa num café com todos os amigos, caloroso, que empresta dinheiro, o bom amigo, mas estando numa grande depressão.
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Tolera seus próprios erros.
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Toleram ficar de pé, instintivamente procuram apoio, fazem cair o peso do corpo sobre uma perna e sobre a outra.
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Tolera o calor, em nenhuma forma, nem o excesso de roupa.
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Necessidade:
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De portas e janelas aberta, principalmente à noite.
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De completa escuridão para dormir, salvo que tema a cegueira (necessita de luz para comprovar que não está cego).
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De tocar, para distinguir (discriminar) as coisas, isto ocorre numa etapa muito primitiva do desenvolvi-mento, o primeiro sentido que o homem desenvolve é o tato, o feto sente tudo pelo tato, e Sulphur, como também é um ser primitivo, necessita tocar tudo.
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Nega seus temores, só lhe impactam as más notícias, a loucura e o dano, percebidos como um reclamo de sua consciência moral que o faz viver com culpa, inquie-tude e ansiedade, apesar de ser o grande egoísta.
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Nojo dos outros.
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Obstinado e nada condescendente.
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Odeia e destrói.
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Odor ofensivo que faz com que as pessoas não o cerquem, porque ele não serve para nada.
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Orgulhoso, não se compromete com o meio, submete o mundo à sua crítica irônica, manejando tudo com sua filosofia egoísta, indolente e otimista; depre-ciador; ego hipertrofiado, egocêntrico, excêntrico e extravagante, indiferente ao bem-estar dos outros, sua misantropia não lhe permite abrir seus inexpressivos olhos ao mundo, egoísta e otimista por excelência, a problemática de Sulphur oscila entre os castelos que cria na sua imaginação frondosa e a apatia de sua indolência, deforma a realidade para acomo-dá-la à sua perspectiva pessoal.
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Paranóia, pensamentos persistentes, que se referem sobretudo aos planos de castelos no ar, com os quais pretende adequar a realidade do mundo à sua teoria absurda e otimista; vive pensando em seu estado, em fatos desagradáveis do passado, recorda velhos agra-vos.
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Pensa que tem sido desacreditado, que tem feito algo que vai provocar que o reprovem; quando se consi-dera sem honra, fala de morrer e acha a vida insu-portável.
Perde tempo, não faz nada, só teoriza, aliás, não é bem perder o tempo, esse tempo é que passa lentamente para Sul-phur, mas sim por sua indecisão, por não saber o que fazer.
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Pesadelos ao dormir de lado.
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Perverte, deforma os afetos para viver egoisticamente o seu mundo interior, não considera os gostos e dese-jos dos outros, só pensa nos próprios prazeres.
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Preguiçoso para despertar, muito infeliz para viver.
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Preocupação:
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Em salvar-se, seu lema é ´salve-se quem puder´; salvar-se da condenação de sua alma ou da morte do corpo.
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Com suas eliminações fecais as quais vigia com ze-lo; o seu primeiro trabalho do dia é uma evacuação bem abundante, até líquida e fétida, a qual lhe propicia uma satisfação que ele não dissimula.
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Puberdade com acne, em geral obeso ou barrigudo, pouca aptidão para os esportes, temperamento intro-vertido.
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Rechaço pelos próprios odores e também pelos ali-mentos protéicos que são justamente os alimentos que contém os sulfurados; contrariamente deseja os alimentos que contém açúcares, sais e gorduras (pre-sunto, porco).
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Recusa contestar, permite ser levado por contrarie-dades; covarde.
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Ri no sono, ri por assuntos sérios.
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Rosto é um símbolo de humildade e tem por objetivo solicitar o perdão pelas faltas, sempre está com falta ou castigo; rosto nunca demonstra suas emoções.
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Satisfeito com sua mediocridade, a qual considera adequada.
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Situações normais e indiferentes de sua vida são per-cebidas como irritantes, idéias mortificantes do passa-do, que se associam a aborrecimentos recentes, que ele não consegue se livrar, isso é seguido por reso-luções mentais, na qual está pronto para grandes decisões.
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Sensação:
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De que tudo o toma gosto lhe parece bonito, até mesmo andrajos parecem-lhe belos.
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De estar possuído.
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De estar vulnerável, sinto que estou caindo barranco abaixo.
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De fraqueza, vazio ou de desfalecimento no estôma-go, por volta das 11h.
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De que não o apreciam e que não o amam.
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Sente de forma intensa a necessidade de tranqüilidade de espírito, porque seu espírito está sempre ativo.
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Sente-se:
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Chateado consigo mesmo.
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Inferior a todos.
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Sindrome de Mediunidade Reprimida.
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Sintomas opostos: desejo de doces e aversão, desejo de gordura e aversão, desejo de leite e aversão, sensí-vel ao calor (calorento) e falta de calor vital, meticu-loso e sujo, lentidão e rapidez, etc..
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Sonhos:
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Com aparições de animais e personagens pretos e escuros mostram que tomamos contato com nosso próprio universo instintivo primitivo.
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Felizes, acorda cantando.
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Inquietantes de assassinado, aterrorizantes de ser mordido por um cachorro.
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Sono profundo não restaurador ou sono leve que o desperta ao menor ruído, insônia, grita dormindo.
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Submissão ao mundo, é servil.
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Sublimação criativa com inclinação artística.
Sujam-se com extrema facilidade e rapidez.
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Sujos, imundos.
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Teme:
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A pobreza, tem ansiedade pelos seus negócios, tem ilusão de que vai ficar miserável, teme perder sua posição, fala de seus negócios.
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Os ladrões, os fantasmas e os lugares altos e em ultima instância o fracasso.
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Temperamento belicoso e hostil para com todos.
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Teorizador, nas mesas dos bares, entre uma cerveja e outra, discutem soluções para todos os problemas econômicos e políticos do mundo, não põe em prática nada, mas na teoria sabe tudo.
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Toma:
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As passagens das escrituras literalmente e atua de acordo com elas, portanto o fanatismo e a insânia religiosa.
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Trapos velhos como roupas lindas.
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Vê:
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Caras espantosas ao cerrar os olhos.
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Moscas negras em frente aos olhos.
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Um círculo luminoso em volta da luz da lâmpada.
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´Viajando´ nas suas elucubrações filosóficas, o dig-no de cura em Sulphur, através de seu Simillimum, é colocá-lo com os pés no chão, fazer com que caia na realidade de uma forma serena e ponderada, torná-lo mais próximo de si mesmo e do mundo, fi-cando menos teórico e mais prático, e assim, passa a ter andamento sua energia vital, restabelecendo-se na sua totalidade.
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Vontade de estar dormindo pela manhã (horário em que melhor repousa).
Tem o potencial de levar todos os males pa-ra a superfície do corpo, é considerado como um dos maiores antibióticos gerais, pode ser utilizado nos casos de supressão mal feita e inoportuna de erupção, seja pelo fio ou tra-tamento externo inadequado - combate os efeitos nocivos de eczemas suprimidos por tratamento medicamentoso indevido.
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Abdômen inchado.
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Afecções de pele.
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Aftas e lesões causadas por estomatite.
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Agravamento no climatério.
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Alcoolismo crônico, hidropsia e outros distúrbios de bêbados (‘eles se corrigem mas estão sempre recain-do’).
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Apetite aumentado antes do meio-dia, voraz, canino, excessivo.
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Ardor:
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Na laringe, com ronqueira e afonia total, laringe áspera, seca, queimante e coceguenta.
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Vaginal pronunciado com inquietação.
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Arrotos e emissão de gases geralmente fétidos.
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Blefarite, margem das pálpebras vermelhas, quei-mando.
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Cãibras nas panturrilhas e solas dos pés, durante a madrugada.
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Caspa.
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Catarro:
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Crônico com odor fétido.
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Da bexiga.
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Cefaléia queimante.
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Cheirinho de azedo.
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Coceira:
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Inquietante da vulva, erupção pruriginosa ao redor dos grandes lábios.
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Irritação e vermelhidão na uretra especialmente du-rante e após a micção.
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Ardente, constante.
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Congestão:
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De partes isoladas (olhos, nariz, peito, abdômen, ovários, braços, pernas), marcando o aparecimento de tumores ou crescimentos malignos, especial-mente no climatério.
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Venosa passiva.
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Congestionamento venoso pela vasodilatação e hiper-tensão do cérebro, que provocam uma euforia patoló-gica (atarefado todo o tempo).
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Conjuntivite com sensação de areia nos olhos.
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Coriza com secura e obstrução alternando com secre-ção serosa e ardente; tem coriza toda vez que sente frio ou entra em ambientes frios.
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Descoloração marrom, descoloração vermelha.
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Diabetes.
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Diarréia depois da meia noite, indolor, obriga-o a sair da cama logo cedo, pela manhã, como se os intestinos fossem muito fracos para reter o conteúdo.
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Dificuldade:
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Para digerir os alimentos, a não ser os alimentos leves e suaves.
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Para levantar-se, melhora caminhando.
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Distúrbios:
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Com contínuas recaídas (menstruação, leucorréia, etc.), o paciente parece estar quase bem quando a doença retorna outra vez.
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Visuais antes da dor de cabeça.
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Dores:
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De cabeça nauseante todas as semanas ou a cada duas semanas, que leva à prostração e fraqueza, com vértice quente e pés frios.
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De ouvido por estar zangado, chateado.
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Em grandes articulações, com rigidez e estalidos característicos da artrite seca.
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Na região lombar e sacra que pioram ao levantar.
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Eliminações:
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(Todas) escoriantes e acres.
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Seminais involuntárias.
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Erupções:
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Que coçam na linha de implantação do cabelo.
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Pruriginosas, secas, com sensação de ardor (mais prurido que ardor); agrava coçando, coça até san-grar; pior à noite, pelo calor da cama pelo abrigo de lã, por banhar-se; erupções alternam com outros sintomas: asma, diarréia, aspecto sujo.
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Escoriações, secura, ardor e prurido da vagina que tornam o coito doloroso.
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Espirros constantes.
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Febre se inicia com ondas de calor em todo rosto e calafrios pelo corpo.
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Flatos e fezes ofensivas.
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Fluxo de calor em todo corpo.
Fome intensa, em geral muito faminto próximo ao almoço, come por ansiedade; medo da fome e da ilusão de que é fraco, de que tem emagrecido.
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Frieiras nas mãos.
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Frios durante o dia e ardentes durante a noite, prin-cipalmente nas plantas dos pés, extrema necessidade de colocá-los em lugares frios, de tira-los para fora da cama, transpiração intensa nesta região, sempre des-calço pelo calor que sentem nos pés, com cheiro forte.
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Furúnculos que surgem em grupos, em várias partes do corpo ou, um furúnculo isolado seguido de outro tão logo o primeiro seja eliminado.
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Gastrite.
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Gota.
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Hemorróidas que foram tratadas com ungüentos.
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Hipersensibilidade à luz do sol.
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Impetigo.
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Impotência, ereções incompletas durante o sono.
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Inflamação das mucosas da garganta.
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Insônia na madrugada, sonolento à tarde, depois do por do sol.
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Irite.
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Lábios de um vermelhidão vivo, como se fossem irromper em sangue.
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Lacrimejamento ao ar livre.
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Leucorréia ofensiva, queimante, secreção vaginal in-tensa, amarela, ardente e escoriante, ácida.
Glaucoma destrói a visão
periférica ficando somente uma luz tubular.
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Língua branca no centro, porém vermelha na ponta e bordas.
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Maçãs do rosto cheias constantemente de averme-lhamentos rápidos; pontos negros no rosto, espinhas e cravos.
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Mãos frias ou ardentes.
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Menorragia (‘não me sinto bem desde o último abor-to’); uma única dose durante a luz nova.
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Menstruações muito adiantadas, abundantes, prolon-gadas.
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Mongolóides.
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Movimento no abdômen como de um bebê.
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Muco aderente, difícil de desprender, pior após as re-gras.
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Mucosa nasal que sangra pela manhã no leito.
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Não...
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Distingue a voz humana, ou seja, como não dis-tingue seu coração do outro, também auditivamente tem dificuldade para ouvir o outro.
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Pode ficar muito tempo sem comer, pois sente-se debilitado, fraco.
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Náuseas durante a gravidez.
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Obstipação, com fezes duras, nodosas, secas, como queimadas; grandes, dolorosas, a criança tem medo de evacuar por causa da dor; alternância com diarréia.
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Odor dos pés ofensivo.
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Olheiras, bordas das pálpebras vermelhas.
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Ondas:
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De calor durante o dia, com acessos de fraqueza e desmaio, que passam com um pouco de umidade; ondas de calor na menopausa, com mãos, cabeça e pés quentes, com grande sensação de oco na boca do estômago, principalmente por volta das 11 horas.
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De calor no rosto e cabeça, lembrando as ondas de calor da menopausa, iniciam-se no peito, na região do coração, com uma sensação de calor forte su-bindo pelo corpo até o rosto, este fica vermelho e quente terminando esta sensação de calor com uma intensa transpiração.
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Orelhas muito vermelhas, otalgia, otite crônica com secreção purulenta.
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Orifícios do corpo muito avermelhados.
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Pálido, magro.
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Pele com rugas e doentia, descoloração vermelha; pe-le do rosto muito vermelha ou suja com erupções secas, ou ainda com manchas cor de café com leite.
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Perda de sono ou mal dormir.
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Prurido voluptuoso, o coçar provoca ardência; sensa-ção dolorida nas dobras.
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Pulso duro, acelerado e cheio, mais rápido pela manhã e mais lento à noite.
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Pústulas por todo o corpo, erupções secas, escamosas.
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Quadros depressivos profundos (tristeza por erupções suprimidas) mesmo com disposição suicida.
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Queimação duradoura na uretra após o coito.
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Regras com todos os tipos de irregularidade em rela-ção ao fluxo: adiantadas, atrasadas, abundantes, es-cassas, frequentemente com sangue escuro, densas, irritantes e precedidas por dores de cabeça esporá-dicas.
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Respiração difícil à noite, deve sentar-se na cama.
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Rigidez da nuca e dores repuxantes entre os ombros, não podendo caminhar ereto.
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Rigidez e estalido nos joelhos.
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Saliva salgada e mal hálito.
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Secreções fétidas, ofensivas, pútridas, sujas.
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Sede extrema.
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Seios rachados e com prurido.
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Sola dos pés ardentes durante a madrugada, quer encontrar um lugar refrescante para os pés, coloca-os para fora da cama para esfria-los.
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Sufocação em acessos noturnos, quer as portas e janelas abertas.
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Suores:
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Dos órgãos genitais; suor entre o escroto e a coxa.
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Escorrem por suas axilas devido à menor emoção, com odor fétido e penetrante, azedos, mofentos, irritantes, ácidos, pruriginosos.
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Surdez acompanhada ou alterada com sensibilidade ao ruído.
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Testículos flácidos, relaxados, frouxos e pendurados.
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Tosse rouca pela manhã, seca, rápida, áspera, agitada, contínua, acompanhada de expectoração densa, ama-relo-esverdeada com gosto desagradavelmente adoci-cado.
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Transpirações intensas e fétidas.
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Úlceras estomacais.
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Unhas quebradiças e distorcidas.
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Urina aquosa e turva com sedimento branco ou ver-melho ou marrom escuro.
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Urina com eliminação dolorosa; grande quantidade de urina incolor.
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Varizes na perna; é um medicamento venoso.
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Vermelhidão da mucosa faríngea, com sensação de secura e queimação.
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Vertigens em lugares altos.
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Visão obscurecida como por uma névoa.
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Zumbidos dos ouvidos durante a noite, na cama,com afluxo de sangue nos ouvidos e cabeça.
CRIANÇAS
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Absorto, mergulhado em pensamentos.
Acredita ter imensas concepções
e idéias grandiosas capazes de mudar o mundo.
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Adaptação rápida (levada ao jardim de infância pela primeira vez se adapta rapidamente), sem chorar, mas passados uns dias, não quer ir mais.
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Agitada.
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Alegre.
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Ansiedade, não suficientemente concentradas na aten-ção, dispersando-se; ansiosas antes de acontecimen-tos, ansiedade por seus familiares (outros); sofrem e ficam muito temerosas; a ansiedade se acompanha de inquietude e forma o grupo de inquietude em crianças (hiperativos).
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Apática após as refeições, dorme e fica irritada se a incomodarmos.
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Apressadas, precipitadas e desajeitadas, derrubando as coisas, correndo em vez de caminhar, rápido para tudo, mental e fisicamente.
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Assimilação defeituosa dos alimentos, a comida farta-mente ingerida não é aproveitada uma vez que sua assimilação é defeituosa.
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Aspecto envelhecido, com a pele flácida, amarela, doentia, enrugada em todo corpo, ventre distendido ou inchado.
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Atarefada.
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Ausência de vaidade, não se importa em colocar um sapato preto e outro marrom, por exemplo, se a roupa está amassada, tanto faz, seu mundo mental é maior que estas coisinhas, o que lhe dá um aspecto sujo, na verdade é desalinhada.
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Caráter afável e dócil, muito fácil de criar e educar.
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Choram por serem muito emotivas e ao lhe pergun-tarmos o motivo desse choro, respondem que não sabem porque o fazem; o choro é uma questão de alta emotividade que não tem causalidade; humor chorão.
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Come as secreções catarrais do nariz, olhos, coloca continuamente seus dedos no nariz para retirar as crostas.
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Corpo enfraquecido.
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Criatividade, desenvolve suas próprias idéias, seus próprios brinquedos. Não perca seu tempo nem gaste seu dinheiro, dando-lhes um brinquedo sofisticado a pilha com controle remoto, pois estas crianças se de-sencantarão rapidamente dele; quando muito ofereça-lhes um Lego, que dará asas a sua criatividade.
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Curiosa, investigadora.
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Desanimado quando em contato com a realidade, sen-te-se incompreendido.
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Desejo de pratos diferentes, condimentados e pican-tes, mas também aprecia uma cozinha rica e doces.
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Desordem com suas coisas (cadernos escolares cheios de orelhas, sujos, rabiscados, folhas dos livros se sol-tam, quanto é bagunçado, largam restos de bolacha e garrafas de refrigentes, por qualquer lugar da casa em que ele ande, você reconhecerá que por ali ele pas-sou).
Se for conduzida de forma errada será mole, inerte, de mal humor, se souber ser conduzida, poderá mostrar-se brilhante, interessante, gentil e, com muita freqüên-cia, inteligente.
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Despertar se produz entre 3 e 4 horas da manhã, com dificuldade para voltar a dormir.
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Dificuldades:
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Para adormecer graças à agitação, a excessos de idéias e inquietude.
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Para compreender, dificilmente associa idéias.
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Discutidoras.
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Egoísta e temerosa, diz: ´não posso convidar os meus amigos porque tenho medo que não sobre comida para nós´; só pensa nos seus próprios desejos, não tem consideração pro ninguém.
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Espírito inventivo.
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Genialidade.
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Gosta:
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De criar, através do pensamento, um mundo fic-tício e maravilhoso onde ocupará o papel princi-pal, realizando seus grandes projetos.
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De filmes de terror.
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Horror em se lavar ou tomar banho.
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Idéia exagerada de seu próprio valor.
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Indecisa.
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Indiferença, apatia em relação ao bem estar dos outros.
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Impacientes.
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Implicante.
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Inteligência fraca.
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Interesse por coisas ‘filosóficas’ e religiosas, ques-tionam o sentido da vida, especulam ‘por ques’ e desenvolvem idéias próprias.
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Irritável, ficará mais ainda se a obrigarmos a aban-donar seus sonhos.
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Jovem gozador, inventivo, aventureiro, arrisca-se, in-dependente ao extremo, tem necessidade de ar livre, espaço e movimento, de liberdade, sendo um grande amador de aulas entrecortadas por esporte e trabalhos práticos.
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Medo de parecer ridículo, ai se esconde do mundo que lhe recusa o lugar proeminente que ele considera lhe ser devido.
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Memória deficiente, não se lembra da palavra que convém se expressar, esquece os nomes próprios.
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Movediço ao máximo, instável, não pode ficar um minuto na mesma posição, toca tudo.
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Necessidade de ar livre, ambientes frescos.
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Noção clara sobre o valor do dinheiro.
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Obstinada, dominadora, quer ser tratada como adulto.
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Ombros caídos, temperamento muito calma, poucas reações emocionais, muito obediente às orientações dos pais.
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Otimista.
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Pensa ter sido roubada quando, na verdade, apenas sumiu algum de seus objetos.
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Piora dos sintomas caso venha lavar-se.
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Preguiçosa.
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Quentes, atiram longe as roupas durante a madrugada.
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Reclamona.
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Recrimina os pais por terem contado seus sintomas.
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Rende muito bem na escola e até pode chegar a ser brilhante mas as chamadas de atenção são para seu comportamento e distração, já que de tão inquieto que e, perturba os outros.
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Religioso, no sentido de especulações.
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Resmungonas.
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Respeitoso com os professores, obediente, cumpridor das regras disciplinares.
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Riso durante o sono.
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Satisfeita com o que tem: seus brinquedos são considerados os mais bonitos, sua família a melhor.
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Sensível, sendo fácil e intensamente impressionada, mas da mesma forma se tranqüiliza com rapidez.
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Sente-se bem consigo mesma.
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Sonhadora.
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Sonolento durante o dia.
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Suja, destesta banho (principalmente frio), suporta bem o desconforto e os odores desagradáveis (a hora do banho é uma novela policial, em que é necessário capturá-lo a força em seus pequenos esconderijos, vai ao banho chorando, mas depois que entra não quer mais sair). Mesmo que as mamães sejam vaiodos de seus filhos, zelando sempre pela arrumação de suas roupas, nosso Sulphurzinho estará sempre em desali-nho (‘Parece mentira, mas há pouco dei-lhe um banho e o deixei arrumadinho, e veja agora sua aparência suja e desarrumada. Quem não conhece vai pensar que não tem mãe para cuidar’).
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Temerosas.
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Temperamento agressivo.
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Teorizador, ‘professor pardal’.
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Tímida e envergonhada, ou seja, acredita-se inferior aos outros e também se ruboriza facilmente, isto está relacionado com a falta de confiança em si mesmo e ao temor de fracassar que quase geneticamente carré-gam desde pequenos.
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Transtornos por constrangimento.
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Vitalidade à noite, com dificuldade para dormir, acaba dormindo e acorda pouco tempo depois com um aces-so de riso.
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Apetite variável, pode ser comilona ou ter um apetite muito fraco, mas por volta das 11h da manhã apre-senta uma sensação de fraqueza e uma fome canina.
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Ardência marcante pelo corpo, principalmente nos pés, que descobrem enquanto dormem (inclusive em dias frios), vivem de pés descalços.
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Astenia matinal, com esgotamento e fome no final da manhã.
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Bebe mais do que come, principalmente coisas gela-das.
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Bronquites, rinites crônicas, asma bronquial.
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Calorenta, descobre-se para dormir, sobretudo os pés.
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Diarréias explosivas, fétidas, muitas vezes não lhes dando tempo de segurar e sujando suas roupas.
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Distúrbios digestivos devido ao leite.
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Eczemas.
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Emagrecidas, com barriga grande.
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Fontanelas abertas por muito tempo.
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Gases de odor forte, lembrando ovo podre.
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Pele enrrugada e seca.
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Urina e defeca em qualquer lugar.
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Verme, mas o melhor remédio indicado falha.
Sulphur, a Ansiedade e o Dinheiro
‘Parece conter uma aparência de todas as doenças do homem, e um principiante, ao ver sua patogenesia, poderia acreditar que não precisa de outro remédio para a prática, já que este parece abarcar tudo. Verdadeiramente, não cura tudo e, da mesma forma que os outros remédios, não deve se usado sem discernimento. Quanto menos conhece um médico sua Matéria Médica, mais prescreve Sulphur erroneamente, mas freqüentemente os terapeutas mais experientes o receitam’ (Kent).
Trabalhamos com uma imagem um tanto estereotipada de Sulphur: filósofo andrajoso, não se mete no mundo, o olha de fora, os acontecimentos aparentemente não lhe afetam em demasia, nada o comove, egoísta, ególatra, teorizador, otimista, sujo, desordenado, não lhe importa seu aspecto exterior, nem a realidade. Continuamente faz planos e adapta a realidade a eles. Vai modificando-os de acordo com o que lhe convém e não a como realmente acontecem as coisas.
Astênico, cansado, encurvado, calorente, etc. Tudo é certo, mas não único; deila de lado ‘ou-tros Sulphur’, como os muito sifilíticos (indiferentes e suicidas) ou os muito sicóticos (os Sulphur ‘exe-cultivos pulcros’) e, principalmente, deixa de lado o porquê de Sulphur ser como é. Parece que Sulphur tem duas sensações profundas e, como tantas vezes dizemos, duas sensações porque não existe a palavra que expresse ambas as sensações. Elas são ansiedade de consciência e ansiedade pela salvação.
Sulphur se sente muito culpado, ‘reprova a si mesmo’, ‘sente raiva de seus próprios erros’, ‘irri-tabilidade e cólera com fácil e rápido arrependimen-to’ e ‘remorso’. Além disso, fundamentalmente tem ansiedade de consciência,sintoma que expressa uma sensação de culpa sem que exista uma ação real a qual pudesse ser atribuída. Com essa ansiedade de consciência coexistem sintomas aparentemente con-traditórios a ela: o otimismo, o ser teorizador, a ten-dência a filosofar, o fanatismo religioso, o ser indife-rente ao bem estar alheio, o ódio com idéias de vin-gança, o não se compadecer dos demais.
Não são mais do que a outra face da moeda. Em alguns sintomas (otimismo, egolatria, egoísmo, o desejo de afago, o sentir-se uma grande pessoa, etc.) vemos a estampa sicótica. Em outros (indiferente, cansado de viver, ódio, desejo de morrer, etc.), ve-mos a marca sifilítica. Não devemos pensar que exis-ta um Sulphur psórico, um sicótico e um sifilítico, porque normalmente coexistem os três miasmas, apenas ocorre que um é mais notado, o mais mani-festo, mas uma histórica clínica exaustiva como as que nos ensinou fazer Paschero, com a biopatografia correspondente, mostrará sintomas dos três miasmas no mesmo paciente.
Em Sulphur, ansiedade de consciência e an-siedade pela salvação seguem juntas. Sente-se cul-pado e pensa em salvar-se no mesmo momento. Sal-var-se física e espiritualmente. Duvida da salvação de sua alma, duvida e fica ansioso e desesperado por sua salvação espiritual. É freqüente que Sulphur seja ateu (isto para Kent, que era muito religioso, constitui um sintoma), mas ainda assim vemos esse sintoma da salvação espiritual como um medo ou preocupação de ser esquecido e mal lembrado por seus descenden-tes depois de sua morte. Seu conflito não é com Deus, mas com os humanos que lhe sobreviverão e neles quer deixar uma lembrança, talvez porque so-mente assim lembrado, não morrerá de todo. O medo da morte em Sulphur está relacionado com a ansieda-de pela salvação. Tem medo de morrer com uma doença ou de fome, e à fome se chega pela pobreza. A cadeia substitutiva se formaria então: ansiedade pela salvação, medo da morte, medo de morrer de fome, medo da pobreza. O medo da pobreza é a última representação que arranca com a salvação.
Mas em Sulphur a salvação corre no mesmo trilho da culpa. O predomínio miasmático sicótico determinará que o mais notado seja o egoísmo, a am-bição, a ordem exagerada, a egolatria, a mentira e a corrupção. Tão criticado Sulphur por ser egoísta – e isto se deve a tanto medo que tem de morrer. Se for a sífilis que predomina,estará com cansaço de viver, indiferente, indolente, suicida, no ostracismo, sentin-do-se um fracassado. Sulphur carece de confiança em si mesmo e teme fracassar. Daí decorre que seja tra-balhador e ordenado em alguns aspectos, sobretudo naqueles que apontam para uma melhora de seu ren-dimento econômico, ou que, no extremo oposto, sinta-se uma grande pessoa, ou que dê tudo para receber um afago.
Mas de qualquer modo, essa falta de con-fiança deve ser estendida como um aspecto de seu medo da morte e, em conseqüência, dependente de sua ansiedade de consciência e ansiedade pela sal-vação. Não resta dúvida, a grande preocupação de Sulphur é salvar-se. Seu lema é ‘salve-se quem pu-der’. Salvar-se da condenação de sua alma ou da morte de seu corpo. Filosofando, planificando, traba-lhando, com egoísmo e insensibilidade ao que acon-tece aos seus semelhantes, com fanatismo religioso, com egolatria, com corrupção, com avareza, com mentiras e roubos, acredidanto-se uma grande pes-soa, ou com isolamento, ostracismo, indolência e até mesmo com o suicídio. A coisa é salvar-se e não se sentir culpado. Observei as seguintes características de Sul-phur, que trasncrevo porque não as encontrei em nenhum tratado de Matéria Médica. Peço aos colegas que as observem em sua prática para incor-porá-las ao repertório, ou ignorá-las em caso contra-rio: precisa de escuridão absoluta para dormir, salvo que tenha medo da cegueira (Sulphur e Nux vômica), e nesse caso, pode se confudir o desejo de luz com o medo da escuridão: não existe tal temor, precisa de luz para comprovar que não está cego. Deita-se para dormir com a roupa que usou durante o dia todo. Dá dinheiro para que o deixem tranqüilo. Compassivo com animais e com crianças mendigas. Abrigado no verão, desabrigado no inverno. Se for claustrofóbico, é por medo de que lhe falte oxigênio, não por medo do enclausuramento (medo de morrer de fome de oxigênio?).
Quando comem, deixam seu lugar na mesa cheio de migalhas, restos de comida sobre a toalha, comem olhando o prato e nada mais, vigiam a divisão da comida, coloca comida na boca quando ainda não engoliu a que estava mastigando, razão pela qual enquanto come sua boca nunca fica vazia, desejam comida bem quente, chocolate, manteiga, ovos, pão, embutidos, fruta, sorvetes, mostarda e maionese. Esquecem-se de tomar o medicamento prescrito e volta na seguinte consulta dizendo; ‘Não tomei o remédio que me mandou’.
Faz amizades intensas, das quais logo se cansa. Suor em pálpebras inferiores. As mulheres não controlam sua periodicidade menstrual. Chega tarde na conculta. Crianças, quando levadas à creche pela primeira vez, se adaptam rapidamente, ficam logo no primeiro dia sem chorar, mas passados alguns dias, não querem mais ir.
Gosta dos filmes de terror, não bebe em copos usados por outras pessoas, o mesmo com talheres. Durante a consulta, brinca com os livros que vê sobre a mesa, escrevem nas mãos com canetas marcadoras. Gosta de cheirar seus próprios odores. Cada vez que perde algum objeto, seu primeiro pensamento é ‘quem me roubou?’. As crianças, quando termina a consulta e já na rua, recriminam os pais por terem contado seus sintomas, as mães com seus filhos são impacientes ou extremamente tolerantes. Crianças bailarinas, adultos sem habilidade para a dança, bebês gostam dos purês com muito óleo.
