SEPIA

- a ´Indiferente afetiva´ da Matéria Médica -

 

• Origem : Sépia officinalis é um líquido marrom escuro, proveniente de um molusco cefalópode, semelhante ao polvo e à lula, que o secreta por uma glândula que se abre ao lado do ânus, o qual é usado em fugas para turvar a água ao seu redor no momento de sua emissão;

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• A Sépia é um molusco, variedade de calamar, que põe ao redor de 300 ovos, desproporcional em relação ao tamanho do molusco e os ata entre si nas rochas do fundo do mar (aptidão para a costura?) e logo morre, antes que nasçam suas crias.

 

• Sépia atua especialmente no organismo feminino, se adapta perfeitamente em mulheres em período pleno de atividade útero-ovárica; parece atuar melhor em altas, delgadas, porém de ombros e espaldas largas e cadeira estreita (inverso de Natrum muriaticum) delicadas, sensíveis a todas as impressões, de olhos e cabelos negros, tez pálida ou ligeiramente suja com uma espécie de mancha amarela cavalgando sobre a raiz do nariz que se estende como as asas de borboleta sobre as bochechas e abaixo dos olhos, mancha marrom que rodeia a boca, pálpebras superiores pesadas com ptosis.

 

• Adequado às pessoas de cabelo escuro, fibra rígida, mas de temperamento dócil e afável.

 

• Afecções religiosas, reza com fervor.

• Agravado pela companhia.

• Alegra-se com trovões e relâmpagos.

• Ama a dança e tempestades, porque estimulam o seu organismo; grande senso de ritmo.

 

Anestesia afetiva, indiferença a pessoas amadas, ao prazer, aos negócios,

à companhia, evita ver gente, permanece deitada de olhos fechados;

congelada para o amor; chega a casar, ter filhos, mas nunca se

satisfaz com o amor porque nela o amor está congelado,

ainda que o marido seja extremamente apaixonado por

ela, aversão ao esposo, o destrói, o castra.

 

• Ansiedade, com medo, ondas de calor sobre o rosto e a cabeça.

• Angústia com medo, fluxo de calor na face, por danos reais ou imaginários; ansiedade à apreensão com on-das de calor, propenso a assustar-se.

• Antagonismo, contradição interna entre a vontade e a ação.

 

Apatia, uma nuvem de melancolia lhe envolve e colore a vida de preto.

 

• Apavorada, cheia de pressentimentos.

• Apuro, a impaciência e a inquietude ansiosa expressam em Sépia a compensação sicótica sobre a apatia e astenia psicossomática que a invadem, sobretudo a impaciência com seu fundo de irritabilidade e autoritarismo.

• Aspecto dessas pessoas é de prostração, fraqueza, com grande lassidão do tecido conjuntivo; têm facilmente palpitações e aniquilamento físico em relação com o aniquilamento moral.

• Assuntos se repetem, como se estivessem repetindo sem parar o tempo todo, talvez fazendo parte de uma preocupação, de um sofrimento, de uma dor que ele traz simbolicamente em tudo que faz.

• Atitudes de superioridade confessada em relação ao seu marido, companheiro ou amante, desde a indul-gência divertida até a irritação e desprezo.

• Atribui motivação externa a seus estados depressivos, podem em certos momentos buscar companhia para libertar-se de si mesma, se queixa, por exemplo, que seu marido nunca está em casa e quando ele chega lhe trata mal.

• Avareza, avidez, inveja e cobiça, medo de perder sua posição lucrativa e sua posição na sociedade; avareza com gastança de dinheiro para si mesmo, barganha.

• Aversão:

  • Às relações sociais chegando ao desprezo.

  • Pelas relações sexuais, chegando até a depreciá-las.

• Busca:

  • Passear embaixo de chuva ou ocupar-se ativamente de tarefas de qualquer tipo para que seja um bom pretexto para estar fora de sua casa todo o dia.

  • A solidão.

• Cansada de viver, fastio pela vida; tudo lhe parece estranho; sentimento de abandono.

• Caráter odioso, manifesta-se com força e é agressiva nas suas palavras e opiniões, pode ocorrer ter um ódio feroz contra quem a terá contrariado.

• Carente de serenidade, ocupada em recordações tristes e ansiosas, não tem paciência para o permanecer muito tempo em um só lugar; inquietude interna, por muitos dias, com pressa, ele deseja terminar seu trabalho, tão logo começa.

• Chorosa:

  • Lacrimosa, pranto involuntário, o consolo lhe agrava; todos os seus problemas se apresentam sob uma ótica muito triste , por isto está sempre desesperada.

  • Sem saber o porquê, negros pressentimentos sobre sua enfermidade sobre o futuro, dentro desse grupo inclui-se o temor da fome/pobreza, como um presságio de morte.

• Coito agrava os sintomas.

• Cólera com ansiedade e medo.

• Construindo constantemente castelos no ar ou pensamentos em futuros acontecimentos.

• Crises de lágrimas.

• Depressão mental.

• Deprimida, sem gosto e sem alegria, ela se sente ao mesmo tempo indiferente e inútil aos seus próximos, com um doloroso fechamento em si mesma, só saindo deste estado para manifestar sua irritabilidade extrema, ela tem consciência disso, se sente muito culpada desta agressividade em relação aos seus filhos, esta falta de ternura pode, efetivamente, produzir distúrbios psicológicos em seus filhos: regressão afetiva, ansiedade, timidez.

 

Muitas crianças psicóticas têm mãe Sépia que compensam sua aridez de

sentimentos culpabilizantes, seja por uma super-proteção inibitória, seja

por uma atitude pseudoliberal que é somente um abandono disfarçado.

 

• Desalento depois do coito.

• Deseja:

  • A morte, porém, tem medo do suicídio; não se faz vítima nem culpada, nem de auto-reprovação ou remorsos, porém machucada pela saciedade de sua apatia e desinteresse, quando seus esquemas sicóticos se quebram.

  • Solidão com seu correlato melhora estando só, evitando por todos os meios ficar a vista das pessoas e permanecendo longo tempo deitada com os olhos fechados sem falar; esta fuga das pessoas provoca o clássico sintoma da agravação pelo consolo donde Sépia se fastidia, se irrita e chora.

  • Gritar de nervosismo.

• Desesperada por sua salvação.

• Detesta falar, ouvir as pessoas; horror ao barulho.

• Dificuldade de manifestar suas emoções.

• Disposição suicida por sua miserável existência.

• Egoísta e bloqueada em sua capacidade de dar afeto, os sintomas depressivos se centram sobre si mesma (pranto contando seus males, desespero por curar-se) onde no fundo, sua consciência moral lhe faz um chamado de atenção sobre o caminho equivocado que está percorrendo.

• Embotamento e lentidão, fluxo dificultoso de idéias, deteriorização intelectual, concentração difícil, memória débil, prostração mental, comete erros com freqüência ao escrever.

• Excitável, sensível.

• Expressão fadigada, indiferente, irritável, pronta a entrar em pranto.

• Facilmente ofendido.

• Fantasias exaltadas, alguém a chama antes do despertar; torna-se introvertida, avessa à companhia; se assusta facilmente e está repleto de maus pressentimentos; como se o corpo estivesse desfigurado.

• Frigidez é freqüente, juntamente com a ptose pélvica, o prurido vulvar e outros sintomas ginecológicos.

• Ganancioso.

• Gosta de manter ao seu redor uma atmosfera melancólica. O outono lhe convém maravilhosamente, o tempo cinza, pesado, as nuvens baixas, a luz pobre estão em harmonia com o rosto amarelado, com os traços caídos e a expressão triste.

• Grita à mais ligeira provocação.

• Hipocondria.

• Hipocrisia; enganosa, sarcástica, zombadora; ditadora.

• Horror à contradição.

• Humor:

  • Desgostoso, sombrio, irascível, sente-se infeliz sem causa, violenta.

  • Variável.

• Ilusão:

  • De que é pobre, ilusão de que sua família morrerá de fome.

  • De que está em um cemitério; sente que a menos que possa se segurar em algo, poderia gritar.

• Incapacidade:

  • De amar; busca de motivação para seu vazio afetivo.

  • De organizar alguma coisa, o que corresponde ao seu mental.

• Inconsciência enquanto caminha ao ar livre, enquanto escreve.

• Indiferença:

  • A tudo, à morte de um parente próximo, ou a uma ocorrência feliz, deixam-na igualmente insensível, nenhum resquício do seu anterior amor pelos amigos ou mesmo por seu filho.

  • Mesmo em relação à própria família.

  • Por seus negócios.

  • A ganhar dinheiro.

 

Nada lhe interessa ou diverte.

 

• Indolente, não quer fazer nada, seja trabalhar ou brincar, mesmo um esforço para pensar.

• Insegurança, covardia.

• Interrogada sobre sua vida sexual é, geralmente, reticente e evasiva ou fala ´está dando pra levar´, sem parecer dar muita importância; a desconfiança e a agressividade estão atrás desta atitude e é inicialmente esta defesa que se deve fazer desaparecer por um contato adequado, depois procura-se as condições que provocaram o bloqueio profundo ou parcial da sexualidade, isto pode ser demorado e decepcionante por-que não se encontra nada em definitivo além de uma hipossexualidade, aspecto da hipovitalidade geral; sua vida de esposa ou solteira não será fácil, frigidez afetiva, insatisfação, amargura e masoquismo podem levar a estados depressivos.

• Invejosa, cobiçosa, medo de perder seu posto lucrativo.

• Irritabilidade:

  • Nervosa, com tristeza, desalento e distração, tudo lhe parece estranho, o menor exercício lhe parece um grande esforço.

  • Com os outros e consigo mesma.

 

Isola-se, foge da sociedade, fecha-se numa solidão que entretanto ela

teme, pois evidencia seu fracasso de adaptação; às vezes, tardiamente,

que surge o problema essencial, nunca resolvido, freqüentemente

desconhecido, próximo da menopausa ou na ocasião do falecimento

de seu pai; ouviremos uma mulher tendo um passado de vida

conjugal declarar: ´Ao perder meu pai, perdi tudo´.

 

• Laboriosa; atarefada; faz muitos planos.

• Lamenta:

  • Ter perdido o conhecimento não pode conhecer ou amar; todos os seus problemas aparecem sob uma luz sombria, por isso ela está temerosa.

  • Pela sensação de estranheza e indiferença que sente por seus familiares, mas quando eles estão perto, ela se fastidia e os agride; está melhor estando sozinha, isto tudo lhe é cobrado por sua consciência moral.

• Lembranças de circunstâncias desagradáveis do passado o colocam num extremo mal humor.

• Lutadora e briguenta ao máximo, sua atitude é fruto de sua competição com o homem e não pelo capricho nem debilidade.

• Medicamento que guarda uma relação evidente com a origem do medicamento, mostrando assim uma as-sombrosa correspondência de essências; podemos pensar, se não seria essa a raiz do antagonismo consigo mesma: tanta procriação, 300 ovos, e logo os abandona para morrer; ou na relação entre o abandono que ela faz ao morrer e o que sentirá após ao ver-se vazia, sem os filhos e com a vida se acabando (vazio no estômago, cabeça fazia, debilidade durante o parto); ou a indiferença a seus filhos, conduta econômica, pois depois de muita dedicação ela pagará com a vida.

• Medo:

  • De ficar sozinha, das pessoas, de encontrar os amigos; teme a solidão, sente-se insatisfeita consigo mesma, porém, pouco a pouco quando escutamos o seu silêncio, estaremos escutando os reclamos da consciência moral desse ser.

  • De homens; tem medo de ser humilhada, sente que riem dela.

• Meticulosidade e a melhora pela ocupação expressam aqui seu esforço para sair de sua astenia e indiferença.

 

Lábios são tratados com um fino traço vermelho descorado para

que ninguém se engane: não é uma criatura carnal. É uma das

raras mulheres que gosta dos saltos baixos.

 

• Mulheres vaidosas ou orgulhosas, com freqüência decepcionante, física, intelectual, socialmente, pelo seu companheiro, fechando-se num comportamento retraído em todos os níveis por falta de satisfação; porém, elas se tornam emocionadas e eloqüentes quando falam de seus pais (Ah, Doutor, meu pai; eu só admirei um único homem, meu pai).

• Música é a única coisa que tira sua indiferença, são também excelentes dançarinas.

 

Medicamento das pessoas que se divorciam e das mães que abandonam os seus filhos.

 

• Não...

  • Tem afeto pelo marido, às vezes, demonstra até repugnância.

  • Gosta de consolo.

  • Sabe o que quer, cheia de contradições.

• Pavor de engordar.

• Perda:

  • Da ambição, piora na menstruação; não se importa com o que lhe possa acontecer; desalento, choro melancólico, triste ao anoitecer; desgostoso por tudo e por todos.

  • De afeto pelos seus, cheia de indiferença com os mais próximos, encantadora com estranhos.

• Pessimistas, negativas, insatisfeitas; disposta a brigar; competitiva; censora, critica tudo, nada aprova, vê defeitos em tudo, não deseja o que os outros desejam; disposição a caluniar.

• Problemas pessoais se apresentam sob uma ótica muito triste em sua mente, por isso está desesperada, tudo torna-se negro diante de seus olhos.

• Projeção global de sua indiferença e aversão afetiva se expressa nos sintomas da fuga, como foge o molusco detrás de sua tinta.

• Rechaçando as normas sociais, por não encontrar nada de positivo; por sua grande indiferença em relação ao mundo em que vive, com um fundo de astenia e apa-tia.

• Recordar problemas aumentam seu mal humor, ocorrências vexatórias do seu passado, que estão em sua recordação, lhe irrita, a põe completamente fora de si, não pode conter-se, com isto sente ainda mais angustia, palpitações e transtornos em todo o corpo.

 

‘Remédio das lavadeiras’.

 

• Renegando seu sexo, Sépia se lança à luta competitiva e destruidora do sexo oposto.

• Rumina sua tristeza e seus males.

• Segura de si mesma, portanto não necessita ser orgulhosa, mas sua indiferença afetiva a conduz à batalha do sexo: viril, castradora, em permanente contradição, sem tolerar que se lhe oponham, impetuosa e violenta, nada teme dos estranhos e nem do contato com as pessoas.

• Seletividade às vezes esquisita do apetite com gostos paradoxais.

• Sensação:

  • De uma bola nas partes internas, durante a menstruação, gravidez, aleitamento, com obstipação, diarreia e hemorróidas.

  • De peso ou bola no ânus; sensação de bola nos órgãos internos, ou de tampão no reto, vagina, ate o dorso, com acompanhamento de estremecimentos.

  • De que tudo parece estranho para ela, parece não poder entender qualquer assunto, tendo que aprender de novo o que quer executar.

  • De ptose, de pesadez do útero, que parece sair, de cima para baixo a nível da pélvis, com dores em tironeio no sacro; sentem como se os órgãos pelvianos caíssem, deve sentar-se com as pernas cruzadas ou apertadas, corresponde aos prolapsos ginecológicos.

  • Dolorosa de vazio, ‘sensação que tudo se esvai’.

• Sente:

  • As vestimentas no pescoço muito apertadas e constantemente as afrouxa.

  • Estúpida por momentos, com estremecimentos, parada dos movimentos da respiração, daí ter que respirar profundamente.

• Sentimento de abandono.

• Sensível ao frio, resfria-se com facilidade.

 

Sépia, a absoluta, não faz as coisas pela metade.

 

• Sexualidade frágil (frigidez na mulher e impotência no homem) ou homossexualidade em ambos; se solteira, pode se livrar deste fardo para se lançar em atividades do tipo altruísta e isto pode ser uma excelente sublimação de suas insatisfações (sindicalismo, assistência social, profissões que cuidam dos outros), mesmo tal evolução pode levar a um caráter auto-destrutivo e masoquista; trabalha exaustivamente para compensar a sua incapacidade de amar.

• Silhueta andrógena, fácies escavada, tez terrosa; de cabelos e olhos negros.

• Síndrome de Mediunidade Reprimida.

• Sintomas:

  • Se agravam ao despertar, antes e durante a menstruação.

  • Desaparecem quando está distraída.

• Sonha que a tiram da cama; sonhos ansiosos, voluptuosos, com polução, grita dormindo, está sem sossego.

• Teme um ataque cerebral, e tudo se torna negro diante de seus olhos.

• Temores imaginários.

• Tendências obsessivas e masoquistas; de difícil aproximação.

• Trabalhadora doméstica que sempre protesta e maldiz sua condição.

• Tristeza e choro intensos.

• Vê:

  • Sua missão em vida terminada, essa sensação resume todo o medicamento e justifica suas fácies são características e tão reconhecíveis, que às vezes só por vê-la podemos prescrever o medicamento; não é difícil estabelecer uma relação entre essa sensação e a atitude vital do molusco que põe seus ovos e morre: cumpriu já sua missão em vida, alem disso, temos: perda total de esperança, cheia de presságios, ansiedade pelo futuro, muito indiferente a tudo e apática, pessimismo, se sente infeliz e desgraçada, como se não pudesse suportar tão miserável existência.

  • As outras pessoas fracas porque são indiferentes, e cortam os seus sentimentos; sem sentido próprio de vida; sente-se infortunada, não podendo amar, sua vida é miserável.

 

• Abdome aumentado, relaxado, com manchas marrons e peso.

• Abortos de repetição do terceiro ao quinto mês.

• Acne que piora com menstruação, cloasma e vitiligo, mancha amarelada sobre a ponta do nariz, rachaduras nos lábios, nos cantos da boca e no meio do lábio inferior.

• Amarelidão : no rosto, conjuntivas.

• Anorexia nervosa, com seu cortejo de sinais conhecidos: perda do apetite, sensação de vazio no estômago, desejo de beliscar, náuseas à visão, ao cheiro, ao pensar na comida, ptose gástrica, ptose intestinal, constipação tenaz, amenorreia, enfraquecimento, emagrecimento até a caquexia com a conservação de uma hiperatividade paradoxal.

• Aversão:

  • A gorduras e sal.

  • À comida (mesmo ao cheiro), náuseas e vômitos durante a gravidez.

• Cansaço inusual.

• Catarro crônico que se estende à sinusite, aos seios da face com náuseas após descarga nasal.

• Circulação e a ação cardíaca estão debilitadas, sente como se o coração se detivesse.

• Coceira e mal humor; coceira e câncer do reto.

• Coito doloroso, dor sobe da vagina.

• Condiloma, muito sensível ao movimento do feto e ao toque do útero.

• Constipação que piora na gravidez.

• Corrimento purulento, indolor, amarelado, que mancha o lençol.

• Déficit de memória é global e não seletivo, acentuado pelo menor esforço mental e a fadiga física, conseqüente de seu desinteresse e astenia, somente falha em sua memória quando se fatiga (é interessante observar que o embotamento de Sépia agravado à tarde, logo após comer e logo após o coito, assinala uma vez mais sua astenia neuro-circulatória e afetiva).

• Desmaia com facilidade.

• Desordens características dos órgãos sexuais com eretismo genital, com útero pesado que dá a sensação de querer podendo até chegar ao prolapso uterino; o homem pode também ter o eretismo genital, porém em ambos o coito causa grande debilidade.

• Dispneia, que melhora com movimento.

• Distúrbios uterinos.

• Doenças de mulheres, sobretudo as que ocorrem durante a gravidez, parto ou aleitamento; doenças acompanhadas de súbita prostração e desfalecimento.

• Dores:

  • Que melhoram com pressão firme, deitado sobre algo duro ou pelo movimento.

  • Que se estendem de outras partes do corpo para as costas, acompanhadas de tremores; dor de cabeça em choques terríveis, durante a menstruação.

• Eczema pelo corpo, principalmente em dobras das articulações; eczema do lactente em dobras; comum em crianças cujos pais trabalham fora ou são pouco afetuosos.

• Enurese: a cama fica molhada praticamente assim que a criança vai dormir; enurese no primeiro sono da criança, incontinência urinária ao tossir, gargalhar, dar risada ou espirrar.

• Epistaxe após café e ópio.

• Eretismo.

• Erupções nas articulações.

• Fígado está congestionando, o estômago apresenta dispepsia atônica e o intestino está muitas vezes com constipação rebelde.

• Friorenta, se agrava por resfriar, por ar frio, por molhar-se.

• Hipersensível a ruídos.

• Hipersensibilidade após metrorragia, estado nervoso.

• Impotência.

• Indolência física depois de excremento.

• Infertilidade.

• Intolerância à roupa apertando a garganta.

• Lábio inferior inchado e rachado.

• Lactação  escassa, mamas tornam-se duras.

• Leucorréia severa, mesmo em pequenas garotas

• Língua suja, mas se torna mais limpa em cada período menstrual, retorna quando o fluxo cessa.

• Manchas no rosto, semelhantes ao cloasma.

• Menstruações irregulares de quase todos os tipos – adiantada, atrasadas, escassas, profusas.

• Náusea matinal na gravidez; ver ou pensar em comida dá enjôo.

• Obstipação durante a gravidez, fezes duras, nodosas, em bolas, insuficientes, difíceis; dor no reto durante ou algum tempo depois de evacuar.

• Ondas de calor ao menor movimento, com ansiedade e fraqueza, seguida de transpiração por todo o corpo, climatérico; ondas de calor com suor e desfalecimento; ascendente, desde a pélvis, como ´se fora salpicada por água quente.

• Órgãos sexuais fracos e exaustos; violentas ferroadas para cima na vagina, dores lancinantes do útero até o umbigo.

• Pé frio ao anoitecer.

• Pele seca, fina, quebradiça, erupções herpéticas, psoríase.

• Perda de calor vital, especialmente nas doenças crônicas.

• Prolapso do útero e da vagina, pressão e repuxamento para baixo, como se tudo fosse sair da pélvis, precisa cruzar as pernas ou sentar com as pernas fechadas para impedir isso.

• Prostatite.

• Prurido na pele, em várias partes, na genitália externa.

 

Queda de cabelos acentuada, depois de dores de cabeça

crônicas ou no clima-tério, piora por mudanças hormonais.

 

• Rachaduras no dorso das mãos, que piora com água fria.

• Secreções leitosas, mal odor, irritantes (fluxo, nasal, uretral, urina, etc.).

• Tosse seca, piora à noite.

• Urina com depósito de um sedimento cor de argila, que adere ao vaso como se fosse queimado, fétida.

• Vaginite que piora com a gestação, com muito prurido, peso durante a menstruação.

• Vitiligo.

 

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

 

• Apatia e tristeza.

• Assustada se está só, por outro lado, detesta que cuidem dela.

• Atitude negativa em relação a tudo.

• Aversão ao divertimento, a companhia, a família, a sair.

• Balança afirmativamente a cabeça.

• Busca o conhecimento. Equivocadamente pensa que o conhecimento deve preceder o amor. Desta forma como posso te amar se mal te conheço? Então nossa Sepiazinha equivocadamente busca o conhecimento, para chegar aos afetos. Quer conhecer muita coisa, saber de tudo, fazer cursos, pois quem sabe estará ai o caminho do amor.

• Caráter difícil, com irritabilidade colérica.

• Castra-se, forjando-se uma personalidade na qual o aspecto afetivo vai ser ´escotomizado´ (Sépia não abole os sentimentos e sim inibe-os) e se dá um estilo assexuado, senão pseudo-viril, seja hiper-intelectual, de preferência cientifica, esportiva, técnica ou mesmo militante política, desta forma ela pode, sem culpabilidade, tentar encontrar interesses comuns ou comparáveis aos de seu pai, identificar-se com ele.

• Chora:

  • Quando interrogada, piora pelo consolo.

  • Frequentemente em silêncio num canto.

• Comportamento:

  • Astênico : tudo lhe é indiferente, nada a diverte, deseja ficar sozinha, pede que a deixem tranqüila, está apática, taciturna, interessando-se pouco pelo mundo à sua volta, é indiferente às atividades propostas.

  • Estênico : algumas vezes é capaz de se deixar levar por um ambiente alegre e de participar dos jogos com outras crianças, está mais à vontade com desconhecidos do que com seus familiares e amigos, mas é sempre muito egocêntrica, exigente com os outros e com ela mesma, séria e discreta, executa as tarefas com consciência e rigidez, muito sensível à injustiça, nestes casos, não é nem apática nem in-diferente, manifestando, então, uma oposição ativa.

• Conquista da autonomia afetiva lhe permite conduzir corretamente o desligamento materno, pois ela necessita menos que os outros de manifestações de ternura, de proteção e de segurança (oposto de Pulsatilla), desenvolve a coragem física, a força de caráter, a vontade, a atividade silenciosa (qualidades que deseja possuir).

• Depressão mental.

• Deseja:

  • Alimentos condimentados.

  • Solidão, com aversão pela conversação.

• Detesta:

  • Brincar com outras crianças, tem horror de ir à festa de crianças.

  • A dança, uma vez porém que começa a dançar, ela se anima imediatamente e fica muito contente em estar dançando.

• Dificuldade:

  • Para adormecer.

  • Para o trabalho intelectual.

• Distraída.

• Eclosão de uma sexualidade adolescente harmoniosa, porém o processo pode também se bloquear por um tempo longo a este nível, se o meio familiar tenha pre-cipitado a cristalização do estado mórbido; isto ocorre quando o pai está real ou virtualmente ausente; a ima-gem é aumentada, objeto de um verdadeiro culto e de uma identificação quase mística, então a negação da sexualidade por desejo masoquista de repressão vai invadir o campo da consciência e tornar-se uma obrigação incômoda, uma necessidade obsessiva, prolongar-se com uma lógica implacável na negação do corpo, para terminar com a recusa da vida.

• Emotiva.

• Ensimesmado.

• Espera muito dos professores e, se ela se decepciona, sua crítica é impiedosa; esta severidade que ela manifesta em relação ao outro, aplica-se a si própria, ela se detesta por seus limites, suas insuficiências, seus fracassos, se irrita e se culpabiliza e se pune inconscientemente fornecendo dela uma imagem de moça pouco amável, pouco graciosa, pouco atraente, travestido até sua personalidade para dissimular suas qualidades.

• Espírito lógico, tendência a racionalizar, à introversão, à hipersensibilidade, à frustração, às tendências obsessivas e masoquistas, assim cedo esboça-se esta personalidade de difícil aproximação, de criança aparentemente mal humorada e pouco afetuosa, cheia de contradições no seu comportamento.

• Feliz ou contente ela sorri, seu rosto se ilumina, seus traços se distendem, mas eu rir é sempre discreto, triste, preocupado, amedrontado, ela procura o refúgio junto ao adulto que tem toda sua confiança, ou se esconde num canto, sem uma palavra, chorando silenciosamente ou reprimindo as emoções.

• Histeria.

• Impressionável, tem medo, é preocupada, sobretudo quando chega a noite.

• Injustiça em particular, suscita sua cólera, uma cólera dura, contundente, na qual um julgamento desprezante não tarda a aparecer.

• Indiferença a tudo, à sua família, aos próximos e ao seu trabalho, em situações pressupostamente dramáticas, em que o mundo está desabando para todos, Sepia está distante (como a morte da vovozinha querida por todos os netos ou o desaparecimento do cãozinho de estimação da família, ou mesmo se sua babá é demitida), o que levaria uma outra criança ao sofrimento e até a adoecer, nossa pequena Sepia chega a assustar os demais com sua frieza e falta de envolvimento, como se nada tivesse ocorrido, não por superioridade ou arrogância, como uma Platina, mas por sua alienação, em seu mundo o afeto inexiste, são frias assim como é frio o sangue de peixe (Sepia é um animal marinho).

• Indolentes e pouco inclinadas ao trabalho, até seus brinquedos não lhes despertam muito interesse.

• Intolerante à contradição, que desencadeia a irritação e a cólera contra ela mesma e contra os outros.

• Irritável, suscetível, ela não gosta de perder nos jogos ou se desinteressa logo, tem poucas amigas, de preferência uma amiga privilegiada que ela não aceita dividir com as outras.

• Julgada pela família como sendo ao mesmo tempo séria e difícil de conviver, resmungona, muito ligada ao que lhe pertence, ela é capaz de uma serviabilidade ativa e eficaz, de dedicação real, ao mesmo tempo que recusa os cumprimentos e agradecimentos; seus pais se sentem com freqüência incomodados diante deste rosto fechado, este olhar observador, inquiridor, que nota todas as fraquezas e as insuficiências.

• Melancólicas.

 

Melhoram com as tempestades, ventanias, trovoadas e

chuvas fortes, adoram brincar na chuva e na enxurrada.

 

• Memória fraca.

• Mocinha morena com tez opaca, olhos pretos, com olhar sério, expressão tímida e orgulhosa, há uma introversão das emoções, dos impulsos e dos sentimentos, que é o caráter psicológico diferencial mais importante desse medicamento.

• Música agrava.

• Raiva:

  • Por contradição.

  • De sua tez acinzentada, olha com vergonha, desprezo e ódio sua própria imagem, escondendo esta decepção atrás de uma atividade física e intelectual.

• Responde por monossílabos.

• Reservada, parecendo indiferente ou mesmo amorfa, o que sempre surpreende numa criança onde se espera reações espontâneas ou expansivas; na escola ela parece atenta, minuciosa, conscienciosa, pouco comunicativa, dinâmica quando em harmonia com o ambiente – ao contrário, inibida, lenta, em oposição passiva se ela se encontra em conflito; ela se comporta com a mesma exigência em relação às outras crianças e professores que com sua família.

• Sacrifício de sua feminilidade, o que é procurado para se livrar da ideia fugitiva das fantasias sexuais e conjurar o risco, mesmo inconsciente de incesto e, ao mesmo tempo, conservando esta relação tão gratificante com seu pai; esforçando-se para se fortificar neste sentido, por medo de sua própria fraqueza, ela encontra um modelo (crê ou gostaria): o modelo masculino do pai; quer ela responda bem ou mal a este arquétipo, acredita nisto e procura estabelecer com ele (pai) uma relação privilegiada, porém ao fazê-lo, com toda sua agressividade de adolescente, ela entra em rivalidade com sua mãe, culpabilizando-se, uma culpabilidade um tanto maior, pois neste momento de sua vida apareceu o despertar sensual, as fantasias sexuais.

 

Triste e indiferente, pouco expressiva,

não dá muito afeto; vai às festas mas não gosta.

 

• Sentimento de abandono.

• Sono agitado.

• Sonolenta durante o dia.

• Teme o consolo.

• Tímida, busca a solidão, o ruído e a sociedade a irritam.

​

• Anoréxica nas primeiras semanas de vida por aversão ao leite.

• Aspecto terroso, amarelado em volta do nariz e da boca, com pigmentos ao redor dos olhos.

• Astenia.

• Colite e dores abdominais.

• Constipação.

• Débil em lugares quentes ou se fica muito de pé.

• Dores caminham para a barriga e daí para a virilha.

• Eczema:

  • Do lactente em dobras; comum em crianças cujos pais trabalham fora ou são pouco afetuosos; eczema precoce, desde a idade de 2, 3 meses, com lesões secas, acarretando um prurido considerável.

  • Pelo corpo, principalmente em dobras das articulações.

• Enurese noturna.

• Friorentas, preferem ambientes fechados e quentes.

 

Intolerante ao leite e aos laticínios.

 

• Náuseas à visão ou odor dos alimentos.

• Pele gordurosa.

• Psoríase com fissuras sangrentas.

• Transpiram muito nas axilas, mãos e pernas.

• Urinam:

  • Assim que dormem.

  • E defecam por todos os lados, as mais sujas da Matéria Médica.

  • Urina leitosa, com odor forte.

• Vômitos repetidos, a principio há uma constipação, mas uma diarreia crônica pode se estabelecer.