
PALLADIUM
- o ´Artista´, ´Buscador de holofotes´
da Matéria Médica -
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Origem : Liga, metal.
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Simbolismo : Metal precioso esquecido, não brilha tanto quanto o ouro e a platina, pese que na natureza se encontra junto com eles; assim são os nobres: se unem e menosprezam os plebeus.
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Abandônico e depreciativo; com o orgulho ferido, por este abandono dá origem ao sintoma exclusivo de Palladium: altivo, amor próprio ferido deseja ser adulado; deseja e lhe faz bem a companhia, está bem na sociedade, porém, após uma festa quando ninguém o observa ou o adula, sua sensação de abandono se acentua e se sente muito mal.
Sua energia dura enquanto dura a festa, porém, ao voltar para casa, lhe
ocorre um profundo abatimento, com náuseas e as habituais dores de
cabeça (de um ouvido ao outro), o rosto desfeito e o tom ceroso, além do choro.
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Adora elogios e aprovação, baseia-se muito na opinião dos outros, tal qual Phosphorus.
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Adotivo, ele cobra aplausos a cada instante e é sempre pouco.
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Alucinações : que é muito alto, que todo o corpo é oco, que vai se tornar louco, que não pode tocar nada, que o tempo passa muito lentamente.
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Ama a boa opinião dos outros sobre a sua pessoa, se não consegue se sente humilhado, seu amor próprio se sente ferido, se ofende facilmente, e crê realmente que os outros não lhe prestam a atenção devida, se sente insultado, desprezado ou desatendido.
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Ambiciona adulações e dignidades, não o dinheiro.
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Apreensão, como se algo horrível estivesse para acon-tecer.
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Arrogância, orgulho, desdém.
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Artificialismo, vive papéis, parece que tem uma máscara na cara.
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Artista, este ao deixar de brilhar sofrerá duras penas, por isto, com freqüência as revistas e jornais que outrora anunciavam a sua glória e sucesso, agora anunciam sua decadência, muitas vezes apoiada por drogas ou álcool, pois fogem na sua frustração.
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Ausência de excitação sexual.
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Busca:
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Quando em sociedade, chamar a atenção; brilhar, fazer impacto aos demais, porque tem grande neces-sidade ou avidez de aprovação, que o admirem, adulem e de ser lisonjeado.
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O aplauso acima de tudo, como os artistas e jogadores de futebol, capazes de, pelo brilho efêmero da carreira de astro, trocarem toda a sua saúde, entusiasmo e juventude pelo brilho dos palcos, microfones e estádios.
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Capacidade de interpretar diferentes papéis; ótimos cantores por sua grande hipersensibilidade à música e motivados por sua intensa necessidade de aplausos.
A mulher Paladium tem muito sex appeal. Ela é muito agradável
e elegante, goza de um conjunto harmonioso, diz-se que é uma
Venusiana e conhece muito bem o poder do seu charme.
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Cólera, irritabilidade.
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Complexo de inferioridade.
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Dependente do meio externo, se Platina despreza esse meio, Palladium dele se nutre e se faltar a admiração, sua susceptibilidade é afetada.
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Depositam na mão dos outros seu critério de auto-avaliação, na medida em que é o outro e não ele mes-mo que sabe o valor que tem (função de sua insegurança e baixa auto-estima).
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Depressão crônica.
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Deseja:
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Ser agradável, tenta parecer tão amável quanto pos-sível.
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Ser adulado.
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Companhia.
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Desgostoso, insatisfeito.
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Dificuldades habituais em fixar seu espírito e a se dedicar a suas ocupações cotidianas.
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Dissimulado.
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Egoísmo.
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Esforça-se por ser brilhante.
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Esgotamento perpétuo.
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Excentricidade.
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Excitação mental em sociedade com desejo de brilhar.
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Fome de atenção é o traço mais marcante deste medicamento que busca incessantemente chamar a atenção das pessoas que estão no seu ambiente, no sentido de colher delas sempre o aplauso, reconhe-cimento e palavras de elogio, caso isso não ocorra se sentirá diminuído, vexado e humilhado, mesmo que não tenha sido recusado socialmente.
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Hipersensível à música.
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Horror ao ridículo.
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Humor choroso.
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Ilusões: de que não é apreciado, de que é criticado, de que está abandonado num deserto, de que é insultado, de que tem sido descuidado.
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Impaciência e impertinência.
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Indignação, revolta com extrema irritabilidade, muitas vezes apelando para palavras de baixo calão e até ´saindo no tapa´.
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Inquietude:
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Na busca de posição mais alta (vale o sacrifício de gastar todo o dinheiro economizado em um ano pa-ra poder ser destaque na escola de samba).
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Será sempre marcante neste medicamento, tanto na busca de posição mais alta, quanto depois quando desenvolve o medo de perder, pois Palladium tem a sensação de lhe ter sido roubado o reinado de pres-tígio, teme que algo de mal possa acontecer.
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Ligado à sociedade, tem muito de mortificação, se martiriza à medida que não encontra o reforço que espera.
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Luta para encontrar quem reconheça seus valores e, assim, resgatar sua reputação de estimado por todos.
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Maldiz.
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Medo:
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De adoecer.
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De perder o destaque após te-lo alcançado, de ser roubado da sua glória, tem a sensação de lhe ter sido roubado o reinado de prestigio, teme sempre que algo de mal possa acontecer.
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Melancólia que a consolação agrava.
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Não cuida do íntimo, se preocupa com o externo.
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Necessidade de aplauso e reconhecimento dos demais, porque algumas pessoas deliberadamente optam por viver com os mais simples, onde eles se sobressaem, renunciando assim ao seu meio, pois o ápice da pirâmide pode estar muito alto.
Necessitam de adulação a todo instante, é o remédio daquele que gosta
de bajulação (puxada de saco), que precisa de aplauso, tem necessidade
de companheirismo, de elogios, de reconhecimento e de destaque.
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Ofende-se facilmente, toma tudo a mal.
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Orgulhoso, presunçoso.
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Pedantes, gostam de fazer pose, são capazes de sacrifícios pela aparência, ´comem pepino e arrotam caviar´.
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Presa fácil de hipócritas e aduladores que se dão conta de que podem obter vantagens jogando confetes e elogiando tudo o que Palladium é ou demonstra ser.
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Ranzinzas, se não recebem aplausos, as pessoas ao seu redor são chatas, não prestam.
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Sacrifícios:
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Para destacar-se e aparecer, podendo buscar um ambiente onde possa reinar na sua grandeza, mesmo que para isso, desça alguns degraus na escala social, contanto que se sinta reconhecido pelas pessoas que estão ao seu redor.
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Pela aparência (´come pepino e arrota caviar´).
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Sensação:
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De que pequenos animais estão mordendo e cortando pequenas porções dos intestinos.
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De que reinava e era o centro de grande prestígio e reconhecimento de todos.
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Sensibilidade à opinião dos outros.
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Sente a necessidade de ser aprovado em suas escolhas, mesmo que sejam ridículas.
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Sente-se:
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Incomodado.
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Diminuído.
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Com a sensação de baixa estima por parte da comunidade em que vive.
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Desatendido em suas necessidades e com um ibope em queda.
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Incompreendida.
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Abandonada.
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Suscetível, sente-se ferido facilmente em seu amor-próprio.
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Taciturno.
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Teme ser desdenhado.
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Tendência a usar expressões fortes e violentas.
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Transtornos por más notícias; transtornos por egotismo.
Máscara no rosto, pessoa superficial, vive
papéis e representa. Não ambiciona
dinheiro mas posição e adulação.
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Cefaléia:
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Com dor que atravessa a cabeça de um ouvido a outro, com sensação como se o cérebro fora sacudido de trás para frente, agravação depois de uma conversa animada, dor de cabeça com pulsações por todo o corpo.
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Ciática no lado direito, dor que sobe dos dedos dos pés, dor reumática no ombro e quadril direitos.
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Coceira violenta.
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Cólica violenta do lado direito.
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Congestão dolorosa do ovário direito.
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Constipação:
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Intestinal.
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Com transtornos útero-ováricos, fezes duras.
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Coriza.
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Dentes incisivos salientes.
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Dores:
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Cortantes no útero após defecar.
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E inchaço na região do ovário direito, que melhora com a pressão.
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Penetrantes do umbigo à pelve.
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No seio, sobretudo no mamilo direito.
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Ováricas associadas a uma sensação de pesadez ou dor repuxante para baixo no útero.
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Edema, induração, cistos do ovário direito.
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Ereções incompletas.
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Fluxo transparente, pior antes e depois da menstruação.
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Hipertrofia e induração do ovário direito, com dores vivas durante e depois da menstruação, pior depois de estar em sociedade ou por conversações animadas, pelo movimento; melhor fletindo a coxa ou deitando sobre o lado esquerdo.
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Leucorréia viscosa como gelatina, antes e depois das regras.
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Língua vermelha em sua parte média.
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Marcas verdadeiras como de mordidas de pulga aparecem em vários lugares como lábios, narinas, etc.
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Metrorragia enquanto amamenta.
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Mucosidade espessa.
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Náuseas após permanecer ao ar livre.
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Olheira, com descoloração azulada ao redor dos olhos, círculos ao redor dos olhos.
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Pesadez uterina com cefaléia, náuseas, constipação e sensibilidade dolorosa no hipocôndrio direito e fossa ilíaca direita que irradia para o ânus e quadril direito.
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Poliúria, urina pouco por vez, urina com sangue.
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Prolapso:
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Do ânus.
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Do útero.
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Retal.
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Prurido.
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Secreção aquosa no nariz.
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Seio direito com pontadas.
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Sensibilidade de todo o ventre que se agrava ao tossir e espirrar.
CRIANÇAS
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Acredita ter muito talento, uma verdadeira artista e, quando o seu ‘brilho’ não é percebido, sofre, adoece, mortifica-se, sente-se humilhada.
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Ambição.
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Ausência de auto-confiança.
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Aversão a companhia alternando com desejo de com-panhia
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Busca reconhecimento e atenção.
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Descontente.
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Desdenhosa.
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Desejo de ser adulada.
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Histérica.
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Ilusão de que é insultada, negligenciada.
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Irritabilidade, leva tudo pelo lado mal.
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Medo do mal, teme que algo de mal venha acontecer.
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Narcisista.
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Necessita:
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De aprovação, admiração, fazer presença, ser importante ante as pessoas.
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Do reconhecimento público, de aplausos e cumprimentos.
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Obstinado, cabeça dura amável, tenta aparecer.
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Orgulhosa.
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Preocupada:
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Com sua reputação – o que pensam de mim?
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Em aparecer e em agradar a todos, quer ouvir que é o melhor, o mais bonito, o mais inteligente...
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Vaidoso.
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Asma.
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Cefaleias.
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Dores articulares, principalmente após vexações ou situações em que não receberam a atenção de que se sentiam merecedoras.
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Gastroenterites.
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Hemorragias intestinais.
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Otites.
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Raiva.
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Transtornos por excitação emocional.
Palladium, o Abandono e o Dinheiro
Metal precioso ‘esquecido’: não reluz tanto quanto o ouro e a platina, apesar de encontar-se junto a eles na natureza. Assim são os nobres: juntam-se e menosprezam os plebeus. E assim se sente e é Palladium: abandônico e depressivo, igual à Platina. Sua sensação de abandono está modalizada por várias ilu-sões: de que não é apreciada, de que é criticada, de que está abandonada num deserto, de que é insultada, de que foi negligenciada.
E na mesma rubrica de ilusões, está a con-trapartida: ‘que é muito alto’ e ‘que cresceu enquanto caminhava’. Abandono e falta de confiança é o sofrimento profundo de Palladium. Não existe em nossa língua uma palavra que uma esses dois sentimentos. Se a tivéssemos, seria a palavra que resumira o sofrer de Palladium. E como contrapartida: orgulho, altivez, desprezo, egolatria, egoísmo, ilusão de que é muito alta, ilusão de que cresceu enquanto caminhava, am-bição.
Ambição de ser adulada, aprovada, aprecia-da: dá muita importância à opinião dos outros (‘medo de que falem dele’), da mesma forma que Staphysa-gria, de acordo com Boericke). A interação do aban-dono com o orgulho ferido por esse abandono, dá origem ao sintoma exclusivo de Paladium: ‘Orgulho-so, deseja ser adulado’.
Deseja e lhe faz bem a companhia, por isso fica bem em sociedade, mas no dia seguinte de uma festa, quando já ninguém a olha nem a adula, sua sensação de abandono se acentua e se sente muito mal. A relação de Palladium com o dinheiro não é di-reta: somente ambiciona adulações, não dinheiro. Mas atrás das adulações, dos louvores, dos elogios, está o dinheiro, porque por meio de sua simples presença pode evocá-las ou consegui-las.
