
MEZEREUM
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Vegetal - Ou madeira suave, é um pequeno arbusto da família das timeléias ou Timeleáceas, cresce nos bosques, nas sebes, nas matas das regiões montanhosas da Europa e Ásia setentrional – extremamente venenosa.
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Irá trabalhar a sensibilidade que gera todo tipo de desarmonia em qualquer personalidade.
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Adequado às pessoas de cabelos claros, irresolutas e de temperamento fleumático.
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Agravamento – ar quente, calor da cama, ao lavar-se, pelas mudanças de tempo, tempestades; melhoria – pela água fria, ao ar livre.
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Angústia e inquietude, principalmente estando só.
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Aversão a falar, lhe parece muito trabalho emitir uma palavra.
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Brigador.
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Concentração difícil, se interrompido.
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Confusão como se estivesse intoxicado.
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Crítico.
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Depressão com pranto.
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Deseja companhia.
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Dificuldade para retirar a menor palavra em uma conversação.
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Distraído.
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Embotamento.
Esquece o que acabou de ouvir ou falar ou o que vai dizer.
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Estupefação, como se embrigado.
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Esvanecimento dos sentidos.
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Hipocondríaco e desesperado.
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Incapaz de refletir, o pensamento lhe foge quando tenta concentrar-se em algo.
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Incapaz:
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De reflexões.
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De trabalhar.
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Indeciso.
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Indiferente a tudo e todos ao seu redor, parece-lhe que tudo está morto e nada lhe causa impressão alguma.
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Irritabilidade por pequenas coisas, mas logo em seguida lamenta.
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Medo parece sair do estômago ou do coração.
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Melancolia:
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Que aparece durante suas ocupações habituais.
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Religiosa.
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Financeira.
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Memória fraca.
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Não...
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Sabe onde está.
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Tem tranqüilidade quando está só.
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Gosta de conversar.
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Retém nada, ‘o que entra por um ouvido sai pelo outro’.
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Ofende-se facilmente.
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Olha através da janela por horas sem ter consciência do que passa a sua volta.
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Pensamento não é claro, parece difícil, perde o fio do pensamento.
Tendência a levar para a pele as doenças internas do organismo e quando
a eliminação pela pele se dá o enfermo se sente bem, mas se ela for mal
eliminada ou suprimida as afecções catarrais, as enfermidades ósseas,
a constipação, o reumatismo articular e os sintomas mentais aparecem.
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Zangado por ninharias e coisas totalmente inofensivas, mas logo se arrepende disso.
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Afecções repetidas tais como herpes, escrofulose ou sífilis.
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Cabelos embaraçados e grudentos.
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Cáries.
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Crosta espessa como couro cobrindo a cabeça, sob a qual se coleta um pus espesso e esbranquiçado.
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Dermatoses bolhosas, cujo desaparecimento é acompanhado de uma recrudescência dos problemas psíquicos.
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Dores:
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De cabeça violenta depois de leve cólera, dolorosa ao mais leve toque, do lado direito;
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De dentes em dentes cariados, sente-os alongados, dor surda quando os morde e são tocados com a língua;
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Ardentes e nevrálgicas.
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Noturnas que vão de cima para baixo, após doenças venéreas, cáries, exostoses, tumores moles que evoluem de dentro para fora.
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Eczema e erupção pruriginosa depois de vacinação; exsudação serosa abundante.
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Erupções.
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Úmidas.
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Crônicas que aparecem regularmente em todos os verões.
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Vesiculosas na pele que coçam, que ardem como fogo, que secam originando crostras e desaparecendo, uma nova série de erupções aparece próxima ou no mesmo local.
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Fístulas.
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Friorentos.
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Necroses.
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Ossos, especialmente os longos, inflamados, inchados.
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Piolhos.
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Prurido, coceiras intensas.
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Pus que se torna mau cheiroso com o passar do tempo.
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Sinusite maxilar bilateral com tosse crônica, com picos febris ao final da tarde e dor pela pressão dos seios maxilares.
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Ulceras com espessas crostas branco amareladas, sob as quais se acumula um pus espesso e amarelado; curativos de linho grudam nas úlceras, sangram quando são retirados.
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Vesículas surgem em torno das úlceras, coçam violentamente, ardem como fogo.
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Vitalidade fraca.
CRIANÇAS
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Atraso no aprendizado escolar.
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Audácia.
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Coléricas por bagatelas.
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Depressão de espírito (melancolia), com grande tristeza, alternando com uma elevação intensa, pontuada pelo seu lado veemente (violento).
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Deseja:
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Puxar o cabelo de alguém.
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Comer alimentos gordurosos.
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Dificuldade nos relacionamentos.
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Dramáticas e exageradas.
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Hipocondríacas e desesperadas.
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Inquietude.
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Insônia pós vacinação.
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Intolerante à contradição.
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Irritabilidade.
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Mania de coçar o rosto continuamente, levando-o a sangrar com erupções úmidas, vermelhidão de aspecto inflamatório na face, agravando de madrugada.
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Mal humor.
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Medo com apreensão no estômago.
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Pesadelos.
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Sonhos vívidos.
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Violência: mais acentuada durante a noite; raiva sem causa, incapaz de refletir; na fala, deseja dizer coisas vexatórias.
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Zangadas e explosivas.
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Ardência em geral (ossos, face, boca, língua, estômago, ouvido, etc.).
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Cáries dentárias.
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Dores:
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Em ossos longos, principalmente de madrugada (dor de crescimento).
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Nevrálgicas.
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Herpes.
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Inflamações na boca.
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Prurido por insônia.
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Transtornos pós-vacinações, manifestações eczematosas e erupções pruriginosas no pós-vacina.
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Vermelhidão inflamatória no rosto.
Mezereum, a Indiferença e o Dinheiro
Diz Kent, referindo-se a Mezereum: ‘Quando as manifestações externas são pronunciadas, as internas são escassas’. As manifestações externas são na pele e nas mucosas, mas mais notavelmente na pele; pruridos sem erupção que pioram com o calor da cama e do aposento (é o único medicamento com prurido agravado pelo calor do fogo), pelo banho quente. Entretanto, a neuralgia facial melhora com o calor da estufa.
A erupção clássica, descrita em todas as Matérias Médicas, aparece no couro cabeludo, desde as sobrancelhas até a nuca, caracterizada por crostras brancas e espessas, como de argila, debaixo das quais existe pus malcheiroso e às vezes vermes. A supres-são dessa erupção dá origem a sintomas catarrais nos ouvidos, olhos e fauces, doenças ósseas e sintomas mentais.
Mezereum aparece como uma pessoa triste, indiferente, introvertida, sem vontade de viver, com memória fraca e dificuldade para pensar. Ler e escutar o deixam indiferente e não tem vontade de trabalhar. É uma pessoa a quem nada agrada. Se ele se aborrece, o faz com violência, mas rapidamente se arrepende, como Sulphur. ‘É difícil para ele tomar uma decisão’ (Allen) e é incapaz de lembrar-se de acontecimentos recentes (agregá-lo em ‘fraqueza de memória, para os fatos recentes’). Às vezes fica tão confuso, que se sente como se estivesse ébrio.
Por outro lado, pensa muito no passado, nos acontecimentos tristes e desagradáveis (Dwells). E se pensa em algo que está por acontecer, ‘esperar um amigo, esperar o carteiro, ser apresentado a alguém’ (Kent), sente isso no epigástrio (apreensão no estômago), sintoma que deve ser agregado a: Adonis, Euphrasia, Nux vômica e Staphisagria.
Se pudéssemos conhecer melhor a intimidade de Mezereum, ela nos diria que o que lhe acontece é que sente como se tudo estivesse morto e, por isso, nada lhe produz uma sensação vívida. Alguém precisa acrescentar que ele se sente morto e que começou a apodrecer pelo couro cabeludo, daí as crostras com pus pútrido e vermes, mas isso já seria pura imaginação (?).
Esse sintoma no repertório consta corretamente em Ilusões e Indiferença. E como sente que a seu redor tudo está morto, passa horas olhando pela janela, entre embotado e indiferente. Tem a ilusão de que é pobre, ao mesmo tempo que não sabe onde está, nem como apareceram os objetos que o rodeiam. Parece que para Mezereum a pobreza é um componente a mais dessa sensação de entorpecimento, falta de memória, indiferença e irresolução. Ao seu redor tudo está morto, olha pela janela durante horas, sem saber o que quer e se sente pobre.
