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MERCURIUS SOLUBILIS

 - o ´Destrutivo´, ´Revolucionário´, ´Fugitivo´

da Matéria Médica -

 

  • Origem : Metal branco, prateado, de consistência liquida à temperatura ambiente, extremamente maleável.

 

  • Simbolismo : Aquele que se encarregava das alianças e dos tratados de paz entre as nações, continuara, na queda, tentar conduzir os homens mas fará de maneira anarquista e revolucionária, pois perdeu seu caduceu, seu poder de integração. Mercurius, diz a simbologia, é o mensageiro entre os deuses, ou seja está em comunicação com Deus, com o diabo e com os terrestres, porém Mercurius quis ser Deus e não sempre mensageiro. O metal do mercúrio, o azougue tem uma juventude eterna e prontamente forma compostos com outros metais, dissolvendo-os e depois formando uma amálgama com eles (precocidade nas relações). Uma gota de mercúrio rolará rapidamente de um ponto para outro (o viajante), dividindo-se em gotículas menores, enquanto vai rolando (anarquista, aquele que desintegra – a constante e inquieta troca de lugares). Mercúrius encerra em si duas substâncias: a terra e a água. Com facilidade se desembaraça de suas impurezas aquosas e terrosas por sublimação e lavagens muito ácidas. A natureza o espera no estado seco do enxofre e o despoja de sua terra pelo calor do sol e das estrelas. Livre de sua substância terrosa e unido a um enxofre puro que  a natureza lhe prepara, mercúrio produz, ao fim, no seio da terra, metais puros e perfeitos (queria tudo certo). Mercúrio é definido na astrologia como ´energia intelectual´e governa o sistema nervoso, o pensamento e os processos da fala (as idéias se aglomeram em seu pensamento). Nosso planeta mais jovem produz a circulação da energia, a conexão de pólos opostos, o contato, a relação e a interação (precocidade e integração de forças). É uma força que acompanha, acima de tudo, uma força de união, assumindo sua força própria quando há fronteiras  que  devem  ser  cruzadas  (grande  tendência  a conduzir pessoas). Planeta mais próximo do sol que simboliza o ouro (busca da perfeição). Lembra o poder mágico do caduceu na mitologia: transformava em ouro tudo o que tocava. Os mensageiros de Deus são os anjos, os executores das ordens de Deus, da vontade divina, e que realizam missões que visam corrigir, ensinar, repreender e consolar cidades, povos e indivíduos. Entre esses anjos havia um que estava mais próximo do criador e era o portador da luz divina, Lúcifer (na mitologia Mercúrio transformava as trevas em luz pelo toque de seu caduceu). Lúcifer, em sua soberba, desejou ser mais que o criador e comandou a revolução dos anjos, anarquizando as forças cósmicas e caindo em seu castigo, como um raio nas profundezas do inferno. Assim, de mensageiro de Deus que era, tornou-se o mensageiro do inferno, perdendo a luz, passando a viver nas trevas (sofre os tormentos infernais sem ser capaz de explicar). Mercúrio, o mensageiro do Olimpo, participava do dom do governo do céu e da terra, da união harmoniosa das forças cós-micas entre o céu e a terra. Ocupava-se da paz e da guerra, das querelas e dos amores dos deuses, do interior do Olimpo, dos interesses gerais do mundo, no céu, como na terra e nos infernos. Como mensageiro, possuía o dom da eloqüência e da arte do bem falar. Pela necessidade de estar em todos os lugares onde tivesse que presidir, em nome de Zeus, aos tratados da paz, as declarações de guerra, aos jogos, as assembléias, tinha como característica a rapidez do raio e uma grande capacidade para as relações sociais.

 

Este medicamento corresponde a pessoas angustiadas, inseguras e inquietas.

São individualistas tanto no aspecto positivo quanto ao negativo.

A pessoa Mercurius solubilis pode ser simpática, ou dura e autoritária.

 

  • Aborrecido durante o dia como se vivenciasse uma discórdia e uma insatisfação consigo mesmo e não quer falar nem brincar.

  • Aborrecido e intolerante, facilmente irritado, muito desconfiado; abusivo; agressivo.

  • Afecções religiosas, ateu, ansiedade pela perda de sua fé, falta de todo sentimento religioso, insânia reli-giosa.

  • Age como um bobo, fazendo coisas estúpidas e sem sentido.

  • Agitação psicomotora extrema, com letargia mental.

  • Agravação total durante a noite; palavras gentis agravam seu estado.

  • Alegria alternando com falta de simpatia.

  • Amorfo.

  • Angústia antes e durante a evacuação.

 

Cheio de idéias, porém, sem nenhuma realização.

 

  • Ansiedade, agitação, movimento constante, não pode parar quieto, precisa movimentar-se.

  • Ansiedade de consciência como culpado de um crime; sente-se como sofresse os tormentos do inferno, sem poder explicar, como se um ser perfeito perdesse o seu pólo superior e ficasse fixado em seu pólo inferior, o de ser monstruoso e diabólico, sentindo, inclusive o desconforto de seu corpo imperfeito; sente-se infeliz, abandonado nessa situação infernal de desintegração.

  • Ansiedade e agitação estéril podem levar a impulsos agressivos impregnados de culpabilidade levando a um fracasso punitivo.

  • Ansiedade  e Apreensão no sangue´, ´ebulição do sangue´, ´orgasmo de sangue com ansiedade. Essa ansiedade está ligada a algo profundo, visceral. Essa ansiedade que o leva de um lugar para outro, com tentativas de fugir. Escape com ansiedade à noite, ´desejo quase incontrolável de viajar longe´, desejo de fugir à noite, de escapar.

 

Mulheres e homens sensuais, atraem pela energia

do sifilinismo e tem tendência à depravação sexual.

 

  • Apreensão, desassossego, permanente temor ao aparecimento de seus impulsos agressivos que não tem conseguido dominar; a mercê de seus impulsos que o impele a matar ou suicidar-se à vista de um instrumento cortante, não sabe o que fazer, se move constantemente como se quisera fugir, trata de viajar, quer ir-se de longe, como se fora culpado de um crime.

  • Apurados, apressados do ponto de vista físico.

  • Aquisições intelectuais são com mais freqüência lentas e irregulares, seja por lentidão de assimila-ção ou seja por estar sujeita às anginas, sinusites, rinofaringites e infecções respiratórias.

  • Assusta-se facilmente.

  • Atarefado.

  • Ausência de discernimento.

  • Auto marginalização.

  • Avalia mal o real, medindo mal seus meios, ocultando riscos e perigos.

  • Aversão a ser tocado.

  • Aversão aos membros de sua família, a todas as pessoas, se torna indiferente aos seres que ama, se sente distante e os ignora, e cai num estado de indiferença até para comer, para ganhar dinheiro e importa pouco pelas reprimendas dos demais.

  • Ávido de segurança, mas nem por isso torna-se mais corajoso.

  • Calado, silencioso.

  • Cansaço de viver.

  • Caótico, confuso; quer, acima de tudo, ter tudo certo.

  • Caráter essencialmente duplex: de um lado, ser inferior, diabo ou monstro (vive sofrendo os tormentos do inferno) e do outro, o filho dos filósofos.

  • Cólera com tremores, irascibilidade.

  • Confusão mental, debilidade de inteligência e da esperteza, déficit de idéias, deteriorização intelectual, concentração difícil, distraído, debilidade de memória, embotamento, pesadez, dificuldade para pensar e compreender, erros ao falar, imbecilidade, difícil a abstração verbal e matemática, lento para responder às perguntas.

  • Considera as pessoas ao redor de si mesmo como inimigos.

  • Corpo não caminha junto com sua mente, havendo, através desta desintegração a explicação de todo o sofrimento deste remédio e o alto tributo que acarreta através de seus sintomas. Graças a este processo de desintegração psíquica, quando a mente não acompanha o corpo móvel e plástico, o movimento psíquico em relação a si mesmo, é de auto-agressividade.

  • Criminoso em potencial.

  • Daninho, perverso, disposição para a briga, levado a estados de fúria, propensão a se converter num cri-minoso sem remorsos

  • Déficit intelectual com obtusão para as operações mentais, lentidão na elaboração das respostas, perso-nalidade imatura com regressão infantil.

  • Depressão de espírito, sempre pensa que vai ouvir algo desagradável; desalento alternando com esperança; desejos de chorar todo o tempo, pranto alternando com riso, com dor, involuntário, instabilidade emocional por seus impulsos; personalidade depressiva e hiper-ativa.

  • Depressão melancólica, ansiedade de consciência, auto-reprovações.

  • Desarmônico e insano, sempre corre o risco de falta de previsão.

  • Desatenção.

  • Descontente consigo mesmo, desgostoso consigo mesmo e não tem coragem para viver.

 

Pessoas que vivem na superficialidade.

 

  • Desejo:

    • De companhia.

    • De simpatia e a agravação estando só, expressam sua busca do outro.

    • De viajar.

    • De desnudar-se.

    • De morrer, está indiferente a tudo, mesmo ao que mais lhe agrada.

    • De viajar longe por sentir-se culpado, por sentir-se nostálgico deseja ir para um lugar donde viveu an-tes de ir ao inferno, não tem coragem para viver.

    • De permanecer na cama; o cansaço pela vida e o desespero por curar-se expressam o resultado de sua própria agressão que o leva a padecer impulsos suicidas ao ver uma janela aberta ou um instrumento cortante; desalentado por seu futuro; sempre descontente consigo mesmo.

  • Desgostoso consigo mesmo, não tem coragem para seguir vivendo, suspeita constante, considera a todo mundo como inimigo.

  • Desobediente, extremista, misantropia, inadaptado social, transgressor; falta de sentido moral.

  • Devotadas a uma administração, a uma associação ou a uma causa a qual se identificam (o que dá um sentido à sua vida), eles encontram aí a armadura protetora que lhes é necessária moralmente e o estímulo indis-pensável para lutar contra sua indolência, sob pena de perder sua função e seu cargo.

  • Dificuldade:

    • E obtusão do trabalho mental, deficiência de idéias, memória débil, marcado déficit intelectual, lentidão para responder.

    • De linguagem aparecem muito cedo, as primeiras palavras são muito tardias, as frases permanecem por muito tempo fragmentadas e mal formadas.

  • Disposição ao suicídio.

  • Ditatorial.

  • Egocêntrico, angustiando, procurando proteção, grande emotivo com o ego fraco que nunca atingiu a autonomia afetiva.

  • Enganador, fraudulento.

  • Espírito de contradição.

  • Esquecido, com o intelecto afetado.

  • Exaltação agressiva.

  • Expressão verbal é pouco satisfatória, desde um discurso lento e mastigado até a gagueira tônica, traduzindo uma desarmonia de comunicação.

  • Frágil mecanismo de defesa levando à instabilidade, insuficiência do organismo.

  • Fuga de si mesmo, instintividade agressiva sobre um ´eu´ débil.

  • Gemidos.

  • Gênio inquieto, tornar-se-á o anarquista revolucionário, rompendo laços, desintegrando relações, impondo suas idéias, buscando novos caminhos para sair de seu infortúnio; o lado maligno, o pólo inferior de Mercurius não chega a cobrir totalmente a sua bondade.

  • Histeria.

  • Humor desconfiado e receoso, repulsivo, variável.

  • Ideais altíssimos, sempre relacionados com o inalcançável.

  • Identidade incerta, sólida e fluída ao mesmo tempo (os dois estados do metal mercúrio).

  • Ilusão:

    • De haver matado, ilusão de que será assassinado.

    • De que vê água correndo; vê água fluindo onde não existe.

  • Impaciência por trivialidades.

  • Impulsionado a tocar em tudo.

  • Impulsos extravagantes.

  • Inabilidade para jogar.

  • Incapaz da doação (só sabe receber e nada dar), pleno de desconfiança e sem vontade.

  • Indiferença:

    • Aos que ama e o desejo de matar as pessoas que o contradigam (manifesta-se principalmente no período menstrual).

    • À vida, a seus deveres,

    • A ganhar dinheiro.

  • Instabilidade o faz desiludir-se, sem perseverança.

  • Instável e insatisfeito, tendo necessidade de provar que é capaz de ter sucesso.

  • Irritável,  atrevido e egocêntrico.

  • Lentidão.

  • Medo:

    • Da morte.

    • De perder a razão e estar só por medo de se ferir.

  • Memória débil, esquece de fatos para defender-se.

  • Mensageiro:

    • Da eterna juventude.

    • Religioso revolucionário.

  • Modo reacional desarmônico e insano, tanto psíquica quanto fisicamente, só mantendo seu equilíbrio precário através de tentativas de ´restabelecimento´ desi-gualmente conseguidas.

  • Móvel e fugaz.

  • Não:

    • Confia em si mesmo, não tem coragem para viver, é covarde, antecipado, tem a sensação de que tudo falhará.

    • Consegue doar (só querem receber).

    • Consegue manter um relacionamento por longo tempo.

    • Cumpre suas promessas.

    • Quer as pessoas penetrando em seu mundo, para que não descubram seu castigo compulsório.

    • Se preocupa por nada e está indiferente a tudo.

    • Tem repouso em nenhum lugar.

  • Nostalgia, abandono; nostalgia de uma vida espiritual, Mercurius está sempre reclamando, um autoreclamo, tem dor da alma e do corpo, sai então procurando uma alma sem dor, busca esta caótica, anárquica, não encontra os caminhos; ânsia por viajar em busca de um mundo melhor, desejo de perfeição

  • Ódio a quem o ofende.

  • Paixão por jogos de azar.

  • Pensamentos que se vão metendo uns nos outros.

  • Personalidade regressiva infantil, imbecil.

  • Perturbação espiritual (próprio espírito).

  • Pressa, urgência.

  • Pressentimento de morte.

  • Profissional rotineiro, humilhante, frustrante de criatividade.

  • Psicopata, perverso em revolta ativa contra a sociedade: vandalismo, delinqüência, roubo, crimes (mata quem o contraria) perigoso chefe de bando, assinando seus atos sempre com sadismo. Em sua máxima intensidade, o furacão tem um efeito fecundo e renovador da vida e aqui voltamos à temática do javali que destrói sempre buscando a renovação, ou seja, para construir, é necessário destruir. Isto é o que faz Mercurius, onde, muitas vezes, não podendo tomar decisões intermediárias, chega ao caos, chega à destruição total e por isso é um anarquista, porém é um anarquista revolucionário, não podendo fazer a evolução, tem que fazer a revolução.

  • Queixa-se dos parentes e dos que o rodeiam.

 

Rebeldia a toda norma social instituída.

 

  • Remorsos.

  • Repugnância ao esforço, o qual determina tremor nos membros.

  • Ressentido social, todos são seus inimigos, violento e veemente; comportamento aloucado; áspero e carrancudo.

  • Sensação:

    • De areia nos olhos, corpo agudo sob as pálpebras, insetos negros flutuando diante dos olhos.

    • De chispas saindo dos olhos; sensação de dentes soltos, parecem moles, rangem durante o sono.

    • De ter pedras na boca.

    • De que não sabe aonde vai.

    • De paranormalidade, premonições destrutivas.

    • De ter a cabeça mais larga.

  • Sensibilidade marcada para o frio/calor.

  • Sensível à chuva e à mudança de tempo.

  • Sente que não tem coragem para viver, que é covarde, que está só e abandonado, que está rodeado por inimigos (está no inferno).

 

Sentimento de abandono; a síndrome daquele que se sente

condenado nas zonas infernais, onde todos são inimigos

uns dos outros, ´estou condenado neste inferno porque aqui

fui abandonado, sinto que todos são inimigos que me rodeiam,

me perseguem, fazendo-me viver num grande infortúnio,

nestas condições, ´poderei fatalmente fracassar´.

 

  • Sexualidade e afetividade pouco desenvolvidas.

  • Síndrome de Mediunidade Reprimida.

  • Sofre as brigas entre parentes e amigos.

  • Sonha com javalis e o javali representa a luta do poder espiritual contra o poder temporal. Para caçar o javali há de ter em conta os ventos porque seu olfato é muito agudo e percebe logo a presença do homem. Para os hiperbóreos (povo que os gregos mantém uma recordação nostálgica) o javali representa a  autoridade  espiritual.  Se  torna  muito perigoso se é ferido e ficam muito solidários quando atacados. Aparece nas histórias clínicas de Mercúrius uma grande solidariedade (lembrar que muitas vezes vemos uma mesma temática nos dois extremos, quando se vê um sintoma no repertório, pensem que também pode estar no oposto).

  • Surpresas agradáveis o lastimam.

  • Suspeita dos demais com mentiras e insultos, se ressente, com desejo de vingança e cuspindo na cara dos demais.

  • Teme:

    • A irrupção de seus impulsos agressivos que não tem podido dominar e levado pela ansiedade e o medo, projeta suas hostilidades e considera a todo mundo como seu inimigo, daí o medo que mais o caracteriza está relacionado com a falta de controle de seus impulsos e com a fantasia persecutória.

    • Estar só, crê que vai perder a razão, lhe vem desejos de matar a pessoa que o contradiz, todos são seus inimigos, não confia nem em si mesmo, só busca escapar e até o tempo lhe parece que se desenvolve lentamente.

    • Morrer, tem a ilusão de que está por morrer, de que será assassinado como conseqüência de seu crime.

  • Temor:

    • Das tormentas.

    • De dormir.

    • De sífilis.

    • De uma desgraça.

  • Temperamento:

    • Extremamente destrutivo, chegando a ter necessidade de esconder de si mesmo armas pois temem que num momento de desvario possam matar alguém querido, algum familiar ou a si mesmos, demonstrando nesse momento um movimento alta-mente sifilítico.

    • Desgraçado, abatimento espiritual.

  • Tendência:

    • A agarrar os estranhos que encontra pelo nariz.

    • Tendência a conduzir pessoas.

  • Tormentos sem saber porquê.

  • Transtornos por ambição frustrada.

  • Vai rápido dos 8 aos 80.

  • Vingativos.

  • Violência desenfreada, capaz de apunhalar.

 

Todo tipo de deformidade (física, mental e emocional).

 

  • Abscessos frios.

  • Afecções:

    • Gânglionares e escrofulosas de crianças;

    • Nervosas depois de supressão de descargas, especialmente em pacientes psóricos.

  • Aftas.

  • Amígdalas inflamadas; amigdalite aguda ou crônica.

  • Ardor e catarro nos olhos, agravado por olhar o fogo.

  • Cancro primário, regular, endurado, com base lardácea, com fundo caseoso e bordas avermelhadas invertidas.

  • Catarro nasal que se estende aos seios da face.

  • Cefaléia catarral, dor após secreção suprimida, alterna com transpiração nos pés.

  • Cólica hepática.

  • Contração de músculos e tendões; contração e estremecimento das mãos.

  • Coriza crônica com secreção esverdeada, repugnante, espirros.

  • Dentes como limpa trilhos de Maria-fumaça.

  • Diarreias com catarro e sangue; diarréia biliosa, forte urgência, tenesmo, sensação de ´nunca conseguir fazer´.

  • Doente e cansado com bastante freqüência.

  • Dores:

    • Na alma e no corpo, inquietude ansiosa como se al-go de mal o ameaçasse, sobretudo à noite com angústia precordial.

    • Na uretra quando começa a urinar.

    • De cabeça que atrapalham sua atenção.

    • Ósseas: por amolecimento de ossos, osteoporose, inflamação de ossos e periósteo.

  • Epistaxe ao tossir, de madrugada, durante o sono, pende do nariz em um filamento coagulado e escuro, como um pingente de gelo.

  • Excreções fétidas e irritantes.

  • Expectoração esverdeada, purulenta.

  • Face com acne, com pus que deixam cicatrizes.

  • Faringite.

  • Febre: dores aumentam com a transpiração, e a transpiração não dá alívio e anti-fisiopatologica, estremecimento à flor da pele, sendo o primeiro sintoma de esfriamento, febre com calafrios e transpiração.

  • Fezes amarelas verdosas, aquosas, biliosas, espumosas, freqüentes, lambe esterco, barro e saliva e engole suas fezes.

  • Fimose.

  • Fontanelas abertas.

  • Fotofobia.

  • Fraqueza e fadiga dos membros, doloridos, contusos.

  • Furúnculos e abscessos no meato externo.

  • Gastroenterite, colite ulcerativa.

  • Gengivas inchadas, roxas, sangram facilmente.

  • Gonorréia com fimose ou afecção cancróide; descargas esverdeadas; gonorreia suprimida, inflamações que terminam em supuração.

  • Hálito fétido.

  • Inchação:

    • Do fígado; inchação inguinal na região de gânglios.

    • No pescoço, gânglios cervicais supurativos.

  • Inflamações (apendicite, ceco, duodeno, fígado, pâncreas).

  • Leucorréia escoriante, esverdeada.

  • Língua característica (com as marcas dos dentes, mole, mapeada ou geográfica, odor ofensivo)

  • Mau hálito.

  • Menstruação copiosa com coágulos fétidos, corrimentos vaginais e outros tantos sintomas expurgativos.

  • Mente embotada em um corpo com excesso de energias, pois sua cabeça apresenta-se débil e um físico que não quer ficar só um minuto parado.

  • Narinas avermelhadas, escoriadas, ulceradas.

  • Pólipos e excrescências fúngicas no meato externo.

  • Odor fétido das secreções.

  • Otite média, crônica ou aguda.

  • Otorréia, descarga sanguinolenta, mal cheirosa, com dores perfurantes e dilacerantes.

  • Paralisia agitante.

  • Pele amarela, com dor, corrosivas, crostosas, erupções repugnantes, esponjosas, fedorentas, fistulosas.

  • Perfuração do  tímpano, supuração do ouvido.

  • Piorréia.

  • Prepúcio quente, inchado, edematoso e sensível ao toque, de caráter tórpido, com ameaça de supuração ou bubão supurativo; sangrante, doloroso, descarga amarelada e fétida.

  • Prurido intenso.

  • Range os dentes dormindo (bruxismo).

  • Região hepática dolorida e inchada.

  • Saliva : fétida, limosa, mucosa, metálica, salgada, sanguinolenta, viscosa, abundante especialmente à noite, dormindo e durante as dores de cabeça.

  • Sede intensa; sede de bebidas frias.

  • Secreção nasal acre, com odor de queijo velho.

  • Suor e calor das mãos e cara.

 

Melhor medicamento para a enfermidade de Parkinson

  • Supressão do suor dos pés, sempre que vê uma janela aberta ou instrumentos cortantes tem crises de suor.

  • Supuração de todas as suas lesões.

  • Transpiração:

    • Com odor forte; transpiração profusa que agrava os sintomas.

    • Viscosa, acre, ardente, fria, manchando linho, oleosa, profusa, viscosa, odor ácido.

    • Do couro cabeludo.

  • Tremores em toda parte.

  • Úlceras de pele, supuração, furunculose.

  • Vertigem por altura.

 

Crianças

 

  • Agressivas.

  • Amuadas.

  • Apuradas, vivem apressadas sem um motivo real.

  • Atitudes dolosas.

  • Atraso de maturação, lentidão para aprender a caminhar, precoces ou tardias na aprendizagem.

  • Ansioso revoltado que manifesta uma periculosidade latente.

  • Avareza.

 

Caprichosas, nem bem conquistam ou ganham o almejado e já não

se importam mais (havendo muitas vezes uma certa apatia, com

falta de prazer ou vibração por coisas que às demais crianças são interessantes).

 

  • Carrasco consigo mesmo e com os pais por discordar de suas idéias.

  • Censuradores, que costumam colocar defeito em tudo.

  • Choro:

    • Alternando com risadas.

    • Com o revirar-se de um lado para o outro da cama.

  • Contrária – é do contra, implica.

  • Críticas.

  • Descontentamento geral, mortificação e, desde a infância com pensamentos suicidas.

  • Desejam um brinquedo ou presente, assim que o conquistam jogam num canto ou os destroem imediatamente, não demonstrando o menor zelo por suas coisas.

  • Desgostoso da vida.

  • Desobedientes.

  • Destrutivas, inclusive consigo mesmas, elaborando idéias suicidas e planos para fugir de casa.

  • Dificuldade de compreensão e de concentração, sobretudo nas disciplinas que exigem um rigor de raciocínio.

  • Discutidor e susceptível, conta vantagens, exageros e mentiras (para se desculpar ou se avantajar).

  • Dócil e terno em casa, na escola é considerado preguiçoso devido à lentidão em responder às perguntas, ao seu espírito confuso e à sua aparência sonolenta, os olhos semi-fechados num rosto deformado por uma congestão rino-faríngea.

  • Esquecidas, com dificuldade para reter.

  • Fantasias destrutivas de castigar os pais quando estes tiverem lhe censurado ‘indevidamente’, acreditam que morrendo ou saindo de casa seus pais sofrerão.

  • Freqüentemente mole e lento, é objeto de brincadeiras e torna-se logo solitário e desconfiado.

  • Frívolas.

  • Gago quando fala rápido.

  • Gostam de doces.

 

Hiperexcitável, é uma criança precocemente reputada como hipercinética

ou até mesmo temperamental, não fica quieta, mexe em tudo e fala rapidamente.

 

  • Hiperativas, que chegam a ser consideradas limitadas intelectualmente, apesar de terem uma inteligência normal ou acima da normal, sendo incapazes de executar uma tarefa intelectual mercê da dificuldade de manterem sua atenção concentrada, pela incapacidade de serem atentos em função de sua mobilidade físico/psíquica.

  • Humor chorão, alternando com o riso.

  • Impulsividade, vão dos 8 aos 80 (como o termômetro de mercúrio, que em minutos sobe na sua escala), capaz de cometer atos desastrosos num rompante, demonstrando um ódio intenso aos que as têm ofendido.

  • Indiferente a tudo.

  • Indisciplinadas.

  • Irritável, não tolera nenhuma recusa, nenhuma contradição, nenhum limite, sem responder a isso com gestos e palavras violentas, chutes nas portas e nos móveis, quebra coisas, bate nas pessoas que lhe são próximas, escapando com habilidade dos mais fortes.

  • Jogos violentos e brigas com as outras crianças.

  • Luta colocá-los na cama no horário de recolher-se, pois não param, fogem, escondem-se enquanto o sono não vem, se batem de um lado a outro na cama, vão ao banheiro e à cozinha a todo instante, sendo motivo de censura dos pais e, se lhes é imposto ficarem quietos na cama, então manipulam seus órgãos genitais, chegando à masturbação pre-coce.

 

Maldoso, perverso, que não admite réplica, o chefe do bando, o ‘gangster’;

reage contra a sociedade de maneira excessiva, violenta, cruel e impulsiva.

 

  • Malicioso, rancoroso, vingativo, malévolo, gosta de fazer piadas maliciosas.

  • Manias.

  • Medrosas, agravando o medo, principalmente durante a noite, noites longas, cheias de medo, sobressaltos, bruxismo e choro, não para em sua cama.

  • Movimentos desordenados.

  • Não toleram lugares fechados.

  • Nostálgicas.

  • Objetivo de brincar, mas causa o mal, para um animal ou alguma coisa.

  • Pensa em matar os outros.

  • Precoce.

  • Pressentimento de morte.

  • Procura divertimentos e quebra brinquedos ou plantas.

  • Responde lentamente.

  • Respondonas.

  • Sobressaltos.

  • Tímida, temerosa.

  • Transtorno por desapontamento.

 

Violento com as outras crianças, aterroriza os mais fracos.

 

  • Vitalidade excessiva, leva-a a inquietude que acarreta dificuldade de fixar atenção em um tema escolar, dificultando o aprendizado.

 

  • Adenopatias cervicais.

  • Amigdalites com dores fortes que impossibilitam a deglutição.

  • Bruxismo.

  • Cabeça muito volumosa, coberta de suores gordurosos e fétidos.

  • Calorentos, se agravam pelo calor da cama.

  • Dentição difícil, transtornos que acompanham a denti-ção.

  • Diarréia com tenesmo.

  • Escrofulose.

  • Estomatites.

  • Garganta: coloração cor de cobre, supuração, úlceras, secura, dor ao engolir, inchaço.

  • Gosto metálico na boca.

  • Língua marcada pelos dentes.

  • Leucorréia em crianças.

  • Otites.

  • Piorréia.

  • Transpiração noturna viscosa, fétida e abundante.

  • Transpiram muito no couro cabeludo.

 

Mercurius, a Violência e o Dinheiro

 

               O drama de Mercurius sol. Começa com um crime e segue com outro. O primeiro é a ‘ilusão de ter cometido um crime’. O segundo, a ‘ilusão de que será assassinado’. Não se trata de uma sensação, de uma ansiedade de consciência ‘como se houvesse cometido um crime’. É uma ilusão. Ele crê que realmente o fez. Para Mercurius o lema parece ser ‘quem com ferro fere, com ferro será ferido’. Matou e por isso será morto. Estas sensações, modalizações de sua ansiedade de consciência, explicam muitos sintomas: ‘inquietude, tenta escapar’, ‘remorsos’, ‘reprova-se a si mesmo’, ‘ilusão de que está no inferno’, ‘inquietude ansiosa que o tira da cama’, ‘inquietude ansiosa que o leva de uma cama a outra’, ‘ilusão de que é um criminoso’.

                O crime e o castigo, matar e ser morto. Toda morte implica ideia de crime e de culpa, mesmo naquelas mortes ‘livres de toda suspeita’. Em Mercurius sol. essa sensação é tão intensa   que   constitui  um  traço destacado.  É  lícito  que  nos perguntemos: ‘Por que Mercurius sol. matou?’. Matou porque o contradisseram: é o único medicamento da Matéria Médica capaz de matar pela contradição. Podemos voltar a perguntar-nos por que Mercurius deseja matar quando o contradizem. Porque é assim. Podemos tentar procurar o porque de muitos sintomas, mas quando chegamos aos essenciais, só podemos dizer ‘porque sim’. Essa é sua idiossincrasia.

                 Podemos conjeturar: acredita que matou, acredita que vão matá-lo, mata porque acha que vão matá-lo e se fecha assim um círculo de crimes, do qual não pode sair.   ‘Quem com ferro fere, com ferro será morto e por isso, com ferro mata’. Mercurius é nostálgico: tem a ‘ilusão de que está no inferno’. Nostalgia e culpa parecem uma só sensação neste caso. Mas não existe uma palavra para expressá-la, então dividimos a sensação e a chamamos com duas palavras.               

              Deseja viajar para longe, pela mesma razão: por sentir-se culpado, se afasta; por sentir-se nostálgico, deseja ir ao lugar onde viveu antes de estar no inferno. Não confia em si mesmo, ‘não tem coragem para viver’, é covarde, antecipado, tem a sensação de que tudo lhe falhará, assusta-se por insignificância e tem medo de morrer. Tem a ilusão de que está para morrer e de que será assassinado como conseqüência do crime cometido. Os seguintes sintomas modalizam esse terror: ‘pressentimentos de morte’, ‘medo de ficar só’, ‘medo de morte iminente’, mede de um ataque’, ‘medo de sufocar-se’, ‘medo de uma doença iminente’, ‘pensamentos de alguma doença incurável’, ‘desespero por curar-se’, etc. Ilusão de ter matado, ilusão de que será assassinado, nostalgia, abandono, falta de confiança em si mesmo, medo da morte. Em uma palavra: Mercurius. Mercurius sofredor, psórico. Até aqui, não aprece o aspecto econômico, e portanto tampouco parece interessar-lhe mui-to o dinheiro, porque sua preocupação é o crime e a violência.

                 Quando está sifilítico, e Mercurius é considerado como o rei dos sifilíticos, aparece a violência desenfreada: desejos de matar e todas as modalidades que vemos em ‘assassinato’ no repertório, capaz de apunhalar, medo de ficar só pelo medo de se ferir, ilusão de que é procurado por inimigos, suicídio, ódio aos que o ofenderam, indiferença aos seres amados, indiferença à vida, com seus deveres, com as coisas que amava e a ganhar dinheiro. A indiferença ao dinheiro é uma das tantas que tem quando se isola e se separa do mundo.

               Não se deve acreditar que Mercurius só é violento quando está sifilítico. Mercurius é sempre violento, sua violência está latente e pode aparecer facilmente, mesmo em pacientes psóricos. Quando está sifilítico, a violência é enorme, insustentável, mas, mesmo psórico, é capaz de uma grande violência, já que sua impulsividade lhe impede de controlá-la. Sua falta de confiança se ocultará atrás da egolatria, da cobiça, da avareza, do desperdício, da paixão por jogos de azar para ganhar dinheiro.

                  Para Mercurius o dinheiro parece ser algo que pode evitar-lhe sentir que não tem coragem para viver, que é covarde, que está sozinho e abandonado, que está rodeado de inimigos (é o inferno), num lugar que apesar de ser familiar, parece-lhe estranho (novamente o inferno e por isso a nostalgia), que será ferido ou assassinado e que responderá a essas sensações erradas matando sem freio, impulsivamente, cometendo crimes que moram no coração de todos os homens (ao filho, ao esposo, pela menor ofensa quando o contradizem) mas que somente Mercurius, por sua impulsividade, falta de freio, comete, ou, para não cometê-lo, foge ou viaja.

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