top of page

LYCOPODIUM CLAVATUM

- o ´Puxa-saco´ da Matéria Médica -

 

 

 

  • Vegetal - Preferem florestas secas, desenvolvendo-se à sombra de arbustos, rastejando modestamente pelo chão, seus esporos estão cobertos por uma carapaça dura, grossa com uma substância gordurosa interna que se põe em liberdade após triturações seguidas. As sementes são voadoras e são usadas na preparação do medicamento, não absorvem umidade pois repelem a água (daí ser um pó secante), são extremamente duras e queimam como uma chama brilhante (daí o nome de enxofre vegetal). Estas sementes germinam de 6 a 7 anos e a planta em si atingem a sua maturidade com capacidade de reprodução depois de 12 a 15 anos (tal qual o homem): Lycopodium perdeu a capacidade de sintetizar clorofila por si – necessitando viver em simbiose.

 

  • Sua semente é constituída de uma carapaça dura externamente como a carcaça de orgulho que Lycopodium veste e com um material oleoso internamente tal como as pessoas de Lycopodium que são duras por fora e molengas por dentro, sendo capazes de surpreender os demais com choros quando são homenageadas.

 

  • Adequado para pessoas intelectualmente perspicazes, mas fisicamente fracas; a parte superior do corpo é emagrecida, a parte inferior semi-hidrópica; espe-cialmente aos extremos da vida (idosos e crianças); crianças fracas e emagrecidas, com a cabeça bem desenvolvida, mas o corpo debilitado e doentio.

  • Indivíduo enfraquecido, geralmente alto e magro, de face envelhecida, enrugada, atormentada, cabelos escuros, olhos negros, brilhantes e vivos, ventre enorme, desproporcional; intelecto aguçado e fraco poder muscular, temperamento seco; metade superior adel-gaçada e inferior larga, abdômen dilatado com flatulência; nervoso, emotivo mal controlado, ativo mas com alternâncias de excitação construtiva e de preguiça, gostaria de ser superior ao que é e se irrita com suas limitações; suas cóleras são violentas, quase sempre a um ferimento do amor próprio, sua sóciabilidade é medíocre, pois tolera mal qualquer rivalidade, mesmo a mais leal e a mais inofensiva, e seus rancores são tenazes.

 

Este medicamento corresponde ao tipo de pessoa que gosta de

ter um cargo importante,  aconselhar os outros ou assumir responsabilidades.

Costuma ser autoritária e, em geral, age com muito paternalismo.

 

  • Agiotagem, que é uma forma de submeter aos demais seu poder, como o faz com seus subordinados.

  • Agitado sem sequência em sua atividade.

  • Agravamento no fim da tarde, entre 17 e 20 horas e no inicio das regras.

  • Agressividade ante sua própria falência, e então fica de mal humor, porque não quer que o descubram, que o vejam assim débil, porque ele está sempre escon-dendo sua debilidade; não diz que está bem, mas nega a doença, ou se reclui, afasta-se dos demais, mas se vem a se afastar tem medo de estar só. Sujeito que sobre seu fundo de insegurança se dedica a mostrar a si mesmo de que é capaz, e o faz em valorização da competência com os demais.

  • Ambição,  sem  importar  os  meios,  não importa  os  limites,  qualquer meio é possível; ávido, cobiçoso; amor ao poder.

  • Animado por pensamentos eufóricos e fantasiosos, não pode se impedir de gargalhar se alguém aborda um assunto sério.

  • Antipatia por todos os que se aproximam.

  • Assusta-se com facilidade, tem medo dos outros, de pessoas novas, de aparecer em público, mas quer ser líder.

  • Adula e gostam de ser adulados; era grande e forte, portanto, poderosa, e é atrás deste poder e alimentado pela vontade de subir na vida, crescer na escala social, que encontramos este medicamento (indicado para políticos com fome de poder e puxa-sacos que pretendem subir na vida bajulando), extremamente industrioso, meticuloso e esforçado.

  • Agressividade:

    • Que se poderia classificar de dissuasiva ou conjuratória, comparável a certos rituais de combate entre os animais ou como existiam nas guerras da Antiguidade. O campeão de um lado espera intimidar o outro para evitar o combate ou garantir a supremacia psicológica.

    • Que se faz presente para evitar a intimidade muito grande com o outro.

  • Amante da ordem, vestindo-se como um idoso e tendo uma tendência para o verde.

  • Ambição, emprega todos os meios possíveis.

  • Ambivalente.

  • Anda ruidosamente sobre os calcanhares, dando a impressão de estar apressada.

  • Ansiedade por antecipação.

  • Aptidão para as finanças.

  • Arrogante, censurador, dominador, autoritário, avaro, parcimonioso, malicioso, covarde, pusilâni-me.

  • Atitude tirânica com sua mulher (que frequentemente é incapaz de manter em público) pode ser considerada como uma revanche sobre uma mãe mítica e dominadora.

  • Ausência:

    • De caráter e a covardia estão no pólo oposto de seu pedantismo, por covardia reprime sua cólera, com dor silenciosa e só tem coragem em brigar com pessoas ausentes, o sintoma duro com os subalternos e amável com os superiores diz bem às claras o manejo inteligente de sua genuflexão  sobre  o fundo de debilidade.

    • De confiança em si mesmo´, e ´hipersensibilidade emocional´, que fazem com que cada prova lhe seja difícil porque parece que se joga a vida, dá importância exagerada às coisas, e como não pode perder nada, quando perde algo a sua vida se acaba, ao ponto que está sempre tendo ´medo de fracassar´, ainda que não figure no repertório – e está com medo de empreender qualquer coisa porque no fundo tem medo que tudo vá sair mal e tem a sensação de que o fez mal. Mas sobre essa atitude, volta sobre seus passos, revisa o que fez, o revisa dez vezes, dotado de uma grande inteligência, quando já sente seguro, é brilhante como ele só.

 

Autodepreciação e auto-acusação, passa o tempo todo a

criticar tudo o que faz ou subestima o que realizou.

 

  • Avarento, ganancioso, pão duro; não suporta a idéia de sofrer humilhação, buscando às vezes na contravenção e jogo de azar o dinheiro fácil.

  • Aversão a empreender coisas novas, não suporta ver nada novo.

  • Bipolaridade afetiva, dualidade êxito e derrota, força e debilidade, se interrelacionam de tal maneira com uma extrema labidade afetiva, sente-se desprotegido, sem apoio e não quer ficar só, por outro lado teme as pessoas, pior e melhor estando só, deseja e rechaça a companhia; sujeito superprotetor, carinhoso, mas muito chefe, que se aflige demais pelas coisas que os outros passam, que trata de ajudá-los, mas que ao mesmo tempo não tolera que o contradigam e quer que tudo seja feito como ele quer; tem grande aversão às demonstrações de afeto; quer ser amado, mas é grande a falta de total confiança em si mesmo, troca sua minusvalia por orgulho e poder, para ser pelo menos, se não querido, respeitado, considerado e temido.

  • Cansaço de viver, fastio pela vida.

  • Caráter imperioso, dominador.

  • Chora:

    • Pela menor alegria, em particular, se encontra um velho amigo se mostrará afetuosa e terá os olhos cheios de lágrimas.

    • Se lhe agradecemos um favor que nos prestou.

  • Cólera:

    • Ao despertar.

    • Por futilidades.

  • Comportamento esquisito, parece ausente, põe-se a assobiar como se o interlocutor não existisse mais, ou então, é tomado por risos inadaptados, hilário quando a situação exigiria circunspecção, por ve-zes passa do riso às lágrimas sem razão evidente.

  • Confusão ao falar as coisas correntes, diárias, porém conseguindo falar de coisas abstratas e profundas, isso porque as coisas correntes estão sob controle visiomotor, não conseguindo controlá-las, por isso desenvolve nas coisas abstratas (o abstrato se afasta no âmbito espacial).

 

Crítica com professores e desdenhoso com seus condiscípulos.

 

  • Depressão:

    • Com crise de choro.

    • Com lentificaçào das capacidades e idéias de suicídio.

  • Desabafa sua cólera sobre os familiares, particularmente na esposa, que bem sabe que é preciso deixar passar a tempestade.

  • Desânimo se manifesta principalmente ao acordar com pensamentos de suicídio.

  • Desconfiado.

  • Desejo sexual está muito aumentado, mas suas possibilidades de realizá-lo não estão à altura de suas ambições.

  • Desencorajado; cansado.

  • Desgosto da vida com desejo de suicídio.

  • Desinteresse por qualquer trabalho intelectual.

  • Desprovido de fantasia e raramente amador de luxo, gosta do clássico.

  • Dificuldade:

    • Em compreender e acompanhar uma conversa, con-funde as palavras.

    • De concentrar suas idéias em um mesmo assunto.

    • De expressão.

  • Discreta educação, trabalha todo o dia em sua casa, não conta o que lhe passa porque ela sempre é forte, e quer resolver os problemas de todos, mas dirigindo.

  • Discurso:

    • Provocante, passional, querelante.

    • Atrapalhado, não encontra mais as palavras, perde a memória e encerra-se em si mesmo.

 

Desconfiado dos desconfiados.

  • Discussões, brigas, como se estivesse fora de si, faz acusações infundadas, é em geral excessivamente muito violento, bate nas pessoas.

  • Dissimulado.

  • Distúrbios da linguagem.

  • Elegantes e refinadas, pouco vistosas, não se iludem com sua beleza ou com sua idade, a não ser contra elas mesmas e consequentemente se vestem com uma severidade que poderia ser atenuada.

  • Emotividade muito desenvolvida; inquieto, alerta, sujeito a terrores noturnos, atormentado por todos tipos de preocupações precoces, quer se trate de sua própria saúde, a dos seus, da segurança material ou da família, de seus resultados escolares, do seu futuro; ele duvida perpetuamente, dos outros e de si mesmo; quando adulto corre o risco de ser um eterno insatisfeito.

  • Encontra o lado divertido em todas as coisas.

  • Escrita:

    • Parece-lhe tornar-se estranha e ele observa as letras que compõem as palavras, como se tudo tivesse perdido qualque significação.

    • Mecânica, sente-se incapaz de ler o que acaba de escrever.

  • Escrupuloso.

  • Esforçando-se em negar suas fraquezas e reprimir uma angústia existencial vindo do fundo de sua infância, vai transformar seu discurso de criança medrosa em somatização (asma, colite)

  • Espírito discutidor, polemista, porque vai mostrar ao outro que sempre tem razão. Tem um grande espírito de crítica, de censura, e contradiz permanentemente a seu oponente. Por sua vez, não aceita o que os outros dizem, porque isso seria de certo modo dizer que os demais sabem tanto quanto ele ou aceitar as coisas que os outros lhe dizem. A vida de Lycopodium se converte em um permanente exame, em um estado de competição onde sempre quer e deve ter razão. Não se satisfaz com meias tintas, não se satisfaz com triunfos que não sejam líquidos e evidentes, existe uma auto-exigência exagerada sempre na idéia de que ele pode mais, para compensar o pânico de pode menos.

  • Estabelece imagens ideais na pessoa de seus mestres, chegam a ser divinizados, depois abominados quando vêm a falhar em relação à imagem, perfeita, mas abs-trata que se faz deles.

 

Estabelece sempre a relação de dependência

com o outro, dominando, sendo ditador

ou sendo servil ao outro.

 

  • Excessivos escrúpulos na prática religiosa.

  • Exigente, crítico, censurador, briguento, sorri sem estar alegre.

  • Explode em cóleras que lhe trazem um alívio transi-tório.

  • Faculdades mentais estão como que adormecidas.

  • Fantasias infantis, com isso ele queria dizer que voltar a ter o vigor de jovem, por isso foge de seus filhos, trata mal seus filhos, porquê quando vê seus filhos crescendo se sente inferior, cada vez mais valendo menos.

  • Foge, escapa; abandona seus próprios filhos, seus fiéis seguidores, etc.; se isola, misantropia, aversão a que lhe cerquem; aversão à companhia.

  • Força mal contida, gastando-se com furor, porém sem discernimento.

  • Fraqueza e pequenez.

 

Gasta seu tempo com trivialidades,

sem ser capaz de decidir como deve agir.

 

  • Gosta de fazer discursos, gosta de falar sobre o que sabe e termina com ar triunfal.

  • Gosto:

    • Maior por ordem e arrumação dos princípios pelos princípios, pela forma respeitada mais que pelo fundo.

    • Pelo secreto.

  • Homem que tem medo da mulher, não se mete, tem uma grande insegurança sexual, ao ponto de ter perda da ereção no ato sexual como um fracasso.

  • Homossexualidade latente.

  • Horrores para os cálculos e letras.

  • Hostilidade marcante às religiões.

  • Humor é alternante aos extremos, indo da paciência e tolerância à extrema irritabilidade e grosseria, depen-dendo é claro com quem está lidando; no vale tudo para reconquistar o poder, Lycopodium se supera, entretanto, mais tarde isto lhe acarretará um alto preço, pois, por ser extremamente exigente consigo mesmo, violentou a sua natureza.

  • Idéias negras.

  • Idosos com esquecimento e confusão de idéias.

  • Imagina que a casa está cheia de gente.

  • Imperioso.

  • Inapto para a música, inapto para o canto.

  • Incompetente para assumir responsabilidades, não se pode confiar em suas promessas, indigno de confiança em suas promessas (incerto, falso, corrupto ou malicioso).

  • Inconsolável e desesperado.

  • Indeciso.

  • Indiferença para as impressões externas.

  • Inquietude de ser dominado e ultrapassado em suas ambições e suas realizações.

  • Inseguro no fundo, mas se apresenta sumamente meticuloso, com uma grande antecipação ante cada com-promisso que se põe a sua frente.

 

Insuficiência sexual, essencialmente ejaculação precoce

ou retardada, apresenta às vezes, cefaleia quando do orgasmo.

 

  • Inteligente

    • E sagaz, e dessa maneira põe todo seu esforço e sua inteligência a serviço de sua necessidade de triunfar para compensar essa ´falta de confiança em si mesmo´ que tem. Para ele o mundo é uma selva onde se deve pegar primeiro para pegar duas vezes, onde se deve triunfar, onde se deve agredir para evitar ser descoberto, e chegar sempre a triunfar.

    • E que mostra uma consciência muito clara desta inteligência com a qual esmaga e domina aqueles que não a possuem.

  • Intolerância:

    • À roupa ajustada.

    • A qualquer contradição.

  • Intratável, foge das pessoas, pouco sociável, não gosta de festas, da companhia de pessoas; irritabilidade ao despertar, antes da menstruação, não tolera contradição; não pode reter-se nos limites.

  • Irritabilidade:

    • Tristeza e choro antes de menstruar.

    • Que piora no período menstrual, é que a sua feminilidade se constitui num obstáculo para crescer em sua competição com os homens, isso explica a aver-são que experimenta por seus filhos que os levariam para o trabalho doméstico, termina por renegar e abandonar seus filhos.

  • Luta aparente contra contra o homem, a mulher, em vez de fazer-se mais feminina, se faz cada vez mais masculina, mas é elegante e fina, delicada e inteligen-te e envolve a todos com sua capacidade.

  • Luta como um lobo para ter lugar ao sol, pode dispor de todos os meios para seus logros; afirmar-se como alguém forte, não importando quantos pode atropelar ou quanto esta postura pode lhe fazer mal. Por ter que digerir sapos e lagartos no jogo do vale-tudo (os fins justificam os meios), explode sua pressão sanguínea, uma úlcera, ou uma litíase biliar, pessoa que quer resgatar seu poder.

  • Máscara de superioridade, altivo, arrogante, soberbo, presunçoso, vaidoso; esmera-se para competir.

  • Malévolo.

  • Mania de pontualidade, é aquele que nunca perdeu um trem, tem necessidade de saber a hora exata, mas não tem um relógio, pois é capaz de saber exatamente que horas são simplesmente pela reflexão.

  • Maníaco que fica excitado à tarde.

 

Lycopodium é uma planta que arrasta uma história pregressa de 300 milhões de

anos, quando, então, eram árvores imensas com fortes raízes, que foram

perdendo sua grandiosidade, reduzindo-se a um insignificante musgo.

 

  • Medo:

    • Das pessoas;

    • Da solidão, de estar só; que chega a sua casa e se não há nada, fica nervoso, a não ser que se ocupe de algo e esteja em atividade para tapar sua ansiedade. Teme a solidão e tem ansiedade e a disfarça sempre, não diz à mulher e aos filhos que está ansioso porque está só, diz que está sempre preocupado porque não vêm, porquê não estão em casa, ou porque simplesmente quer que a mulher esteja em casa para que lhe faça a comida que pediu, mas sempre vai disfarçando a coisa; quando está doente, esse medo da solidão se traduz na necessidade de que haja alguém sempre em casa; no estado de doença imediatamente afloram todos esses componentes característicos que denunciam uma perda de liberdade, a liberdade de si mesmo, que se perde quando se adoece.

    • Que tem de começar e não concretizar nada, se traduz em aspectos simples de sua vida, por exemplo, ao dizer ´Tenho uma fome louca!´, e quando começa a comer, a fome se acaba, tem um impedimento biológico que o impede de concretizar seu desejo de comer, porque se incha apenas começa a comer. Então, quando vai começar algo tem medo, insegurança, que o impede de concretizar.

    • De falar em público.

    • De não atingir seus objetivos, seu destino.

    • De esquecer alguma coisa.

    • Da intervenção de autoridades.

 

Megalomania, a necessidade obsessiva de ser o

melhor não admite réplica que o ponha em dúvida.

 

  • Melancólico.

  • Menospreza um pouco as ocupações domésticas.

  • Meticuloso, esforçado.

  • Mudanças de hábitos lhe angustiam, perde então, toda a confiança em si e é capaz de renunciar aos encontros e obrigações profissionais fundamentais, a contrapartida dessa inibição é a tirania que exerce sobre seus próximos.

  • Mulher que odeia o homem por sua competência.

  • Não...

    • Gosta de perder, pois isto lhe traz a lembrança de seu drama de perda e de inferioridade; não teme a pobreza e não se preocupa excessivamente com o dinheiro, somente em função do poder, joga por dinheiro.

    • Se importa com os obstáculos, pois de uma maneira ou de outra acaba por superá-los, afinal de contas cumpre o destino de sua planta que cresce e sobrevive, teimosamente, em terrenos acidentados.

    • Tolera ser  consolado,  pois  o  prêmio  de  consolação é atribuído aos derrotados, ninguém consola o vitorioso, a ele,  os  louros  da  vitória.

    • Decide-se casar.

  • Necessidade:

    • De independência, ele quer ser, e projeta sua necessidade de independência em tudo que o rodeia; não quer que o mandem, que o dirijam, e tudo corta sua evolução, tudo que o reprime é um grande obstáculo e o incomoda; lhe incomoda a roupa justa, os lugares estreitos, porque ele se sente cortado, reprimido, lhe tiram o ar.

    • De contradizer ao outro para demonstrar-lhe que é o melhor, não tolera que o contradigam porque não aceita que o diminuam e se torna um ditador por sobre seu fundo de insegurança.

    • De afeto.

    • De dominar por toda parte onde passa, se explica pouco com seus subordinados.

  • Obstinado, desafiador, arbitrário, procura disputas, mostra-se orgulhoso, superior, arrogante e ditatorial, adulam e gostam de ser adulados, uma grande vontade de subir na vida, de ser poderoso e crescer na escala social.

 

Narcisista, cujas relações servem apenas para valorizá-lo.

 

  • Orgulho.

  • Paixão pelo jogo.

  • Perdeu toda confiança em si mesmo.

  • Personalidade:

    • Que pode ´regredir´ de fase: reações infantis, puerismo, recaída na infância; mas que é errado, pois a vida não volta atrás. Nada se parece mais com uma regressão que o envelhecimento: um e outro tendem a retornar à indiferenciação somato-psíquica pré-natal.

    • Mais covarde da Matéria Médica; o culto que professa a sua própria personalidade, a egolatria, lhe impõe um estado de alarme permanente, já que o contato diário com o mundo se converte numa luta donde sempre deve triunfar.

  • Precipitada.

  • Preocupada, seja pela lógica que procura se vive num mundo intelectual, seja pelo afeto que deve testemu-nhar ou receber, seja da degradação de sua anatomia se vive num mundo físico.

  • Promiscuidade.

  • Querelante; dá pontapés e grita, zanga-se facilmente, não atura oposição ou contradição, disputador.

  • Rabugento e mal humorado ao acordar.

  • Raciocinador mais que racionalista, essa técnica permite-lhe manter seu interlocutor a uma certa distância e evitar assim o perigo de um afeto muito grande em que poderia surgir a angústia.

  • Raivoso.

  • Recusa o contato e a conversação.

  • Responde a imaginários perseguidores, ouve-os ou os vê em seu quarto quando anoitece.

  • ´Sabe com quem está falando?´. A sensação de minusvalia e a sensação nostálgica de que um dia já foram maiores e agora são seres insignificantes, tal qual a árvore frondosa, agora reles musgo.

  • Sensação:

    • De que não vai chegar a nenhuma parte e, por outro lado, tem um grande amor ao poder.

    • De que algo de ruim vai lhe ocorrer.

    • De ter pedras pesadas dentro do estômago.

 

No vale tudo para reconquista o poder, Lycopodium se superar,

entretanto mais tarde, isso fará com que ele pague um alto preço,

se  tornando super-exigente consigo mesmo e violentando sua natureza.

 

  • Senta-se com as pernas cruzadas, inclinando-se para trás, pois tem o abdômen inchado.

  • Sente:

    • Que era grandioso, poderoso. Sabe de suas fragilidades e de seu fracasso histórico pregresso, portanto, tem naturalmente falta de confiança em si mesmo, em sua capacidade e em suas atitudes para enfrentar o meio que o rodeia.

    • Que está em dois lugares ao mesmo tempo, ou seja, neste estado de dualidade é muito difícil alcançar um destino.

  • Sente-se:

    • Cercado, vê fantasmas, ilusão de pessoas ou vozes, à noite, ao entrar no quarto é atacado por medo.

    • Doente na véspera dos exames.

  • Sentimental, que por necessitar de afeto sofre pelos demais (compassivo), se emociona e chora por um gesto nobre, por uma música doce, por uma despedida, o pranto expõe sua labilidade profunda, sobretudo quando desmorona seu orgulho ante demonstrações de sincero afeto, por isso Lycopodium chora quando lhe agradecem, simboliza num só ato o drama de toda a sua vida.

  • Sério, vê-se pelas suas roupas, diz-se que parece mais velho do que é, o que nem sempre é verdade, mas em todo caso ele tem consciência de sua idade e a agrava às vezes de propósito.

  • Sofre por antecipação devido a sua minusvalia, pois teme ser reprovado e que descubram sua fragilidade interior.

  • Solitário, tem horror às relações sociais, suportando apenas uma ou duas pessoas de sua escolha.

  • Sonho agradável que lembra com prazer, sonha que voa como um pássaro, planando com freqüência muito alto.

  • Sorri sem está alegre.

  • Supõe estar em dois lugares ao mesmo tempo.

  • Taciturno, deseja estar sozinho, humor muito deprimido, sente-se infeliz, melancólico, abatido, sem alegria; chora, grita, inicialmente pelo passado, depois, por problemas futuros; mente introspectiva.

  • Teme o dia, daí que muitos de seus sintomas se agravam ao despertar.

  • Transtornos por susto, ira, mortificação ou cólera com desgosto contido.

  • Triste, com disposição ao choro; insensível aos estímulos externos; mortifica-se muito facilmente, ofende-se muito facilmente, irrita-se quando o contradizem, aflige-se pelos demais quando estão mal; no fundo o que quer é que o queiram; chora quando recebe uma demonstração de afeto (chora quando agradece, melhora chorando).

  • Usurário.

  • Vazio e embotamento na cabeça.

  • Veemência gráfica acompanha a veemência verba apressando negligentemente o que escreve, o que faz com que negligencie algumas sílabas.

  • Vê tudo negro.

  • Visão estreita, como se tivesse viseiras.

 

Perdeu o espaço, busca recuperar, porém, não por esforço próprio.

 

  • Acne.

  • Afecções:

    • Gástricas.

    • Hepáticas.

    • Pulmonares.

  • Anorexia, selecionando seus alimentos de modo ritualístico.

  • Apetite aumenta enquanto come, voraz, que logo cessa após comer um pouco, bem como a sede.

  • Asma.

  • Ataques febris, não tolera o quarto quente, deseja as janelas abertas dia e noite; calafrios todos os dias à mesma hora. Falta de força na eructação, falta de força na defecação, na circulação, etc.

  • Ausência:

    • De força na eructação,

    • De força na defecação,

    • Na circulação.

  • Azia.

  • Balança a cabeça sem motivo aparente.

  • Borborigmos; ruídos intensos.

  • Bronquite, pneumonia.

  • Cabelo sem brilho.

  • Cãibras:

    • No estômago antes de comer.

    • No peito concomitantes com perturbações gástricas, transtornos torácicos crônicos em crianças.

  • Calor queimante nas solas dos pés, descobre-os à noite, suor ofensivo nos pés.

  • Calos dolorosos.

  • Calvície ou embranquecimento prematuro dos cabelos.

  • Ciática.

  • Choro do bebê o dia todo, porém, dorme à noite; chora até mesmo quando lhe agradecem.

  • Cólica renal, lado direito.

  • Comidas e bebidas entram pelo nariz ao engolir, bati-mento das asas do nariz em doenças respiratórias.

  • Constipação:

    • Quando viajando, quando fora de casa.

    • Crônica, por contração espasmódica do esfíncter (qualquer objeto introduzido o dilata e começa a evacuar, diferente de Nux vomica que é pela ação antiperistáltica do intestino).

  • Debilidade aumenta quando está em repouso.

  • Déficit de memória.

  • Descarga de sangue pelos genitais a cada evacuação.

  • Dispnéia.

  • Desejo de defecar à noite, porém, não consegue; primeira parte das fezes dura, final macia e fina; flatulência excessiva.

  • Diarreia por bebidas frias.

  • Distensão.

  • Doenças crônicas, invetereadas e progressivas.

  • Dores:

    • Nas costas aliviada pela micção.

    • De perna na cama, as cãibras noturnas, principalmente na panturrilha, que traduzem congestão circulatória.

    • Em pressão, repuxantes, principalmente no lado direito.

  • Ejaculação precoce ou perda da ereção durante o coito.

  • Eructos ácidos.

  • Excitação das terminações nervosas, com dor, cãibras, necessidade de levantar-se e mover-se; uma perna fria e outra quente.

  • Faringite, amigdalites.

  • Fissuras no calcanhar.

  • Flatos pela vagina.

  • Flatulência.

  • Feto parece dar cambalhotas.

  • Flatulência.

  • Fome canina, quanto mais come, mais deseja comer, a cabeça dói se não come; acorda à noite sentindo fome; fome logo após comer.

  • Frigidez com seu marido, impotência com sua esposa, ejaculação ou perda da ereção durante o coito.

  • Funga, a criança com sobressaltos durante o sono, esfregando o nariz.

  • Gastrite.

  • Gosto azedo em tudo.

  • Hemorróidas.

  • Hérnia do lado direito.

  • Herpes.

  • Hiperflexibilidade de sua musculatura estriada que se põe manifesta em sobressaltos à menor excitação, aos ruídos, a todo imprevisto, o sobressalto é uma  mescla  de  abalo  muscular  com temor.

  • Hipertrofia da próstata.

  • Impotência de jovens por onanisno ou excesso sexual; pênis pequeno, frio, relaxado; homens idosos com forte desejo, mas ereções imperfeitas, cai no sono durante ato amoroso.

  • Lombalgia, queimação entre as escápulas.

  • Manchas amarronzadas no abdome.

  • Micção retardada, dolorida.

  • Morde os dedos, rói a unha.

  • Narinas com movimento de leque.

  • Nariz seco, obstruído durante a noite, precisa respirar pela boca.

  • Náuseas e vômitos depois de calafrios.

  • Obstipação desde a puberdade; desde o último parto; quando longe de casa; vontade ineficaz, contração e profusão do reto durante a evacuação.

  • Pé quente e outro frio.

  • Pele pálida, doentia, terrosa, amarelada, com sulcos profundos, parece mais velho do que é; pele seca, enrrugada.

  • Plenitude, mesmo comendo muito pouco, o estômago incha como uma bola.

  • Pneumonia negligenciada ou mal cuidada, base do pulmão direito; para acelerar a absorção da expectoração.

  • Redução do tônus geral, fraca força muscular, fraqueza geral, debilidade e falta de calor vital.

  • Rugas profundas na testa.

  • Sono não reparador, acorda sobressaltado, dificuldade para despertar; sonolência depois do almoço.

  • Torcicolos.

  • Tosse crônica, seca, coçando, com emaciação.

  • Tosse profunda, cavernosa, mesmo a expectoração de muco em grande quantidade traz pouco alivio.

  • Transpiração na cabeça quando dormindo.

  • Urina com areia vermelha depositada nas fraldas da criança, a criança berra antes de urinar.

  • Vagina com secura, ardendo antes e depois do coito.

  • Vertigem enquanto anda ao ar livre.

  • Vômitos.

 

´É raramente aconselhável iniciar o tratamento de uma doença crônica

com Lycopodium, a menos que ele seja claramente indicado, é melhor

recomendar primeiramente um outro anti-psórico. Lycopodium é um

remédio profundo, de ação prolongada, e raramente deve ser repetido

depois que a melhoria tem início´.

 

CRIANÇAS

 

  • Agarrada à mãe, rejeita-a no instante seguinte.

  • Agressividade.

  • Ansiedade.

  • Aspecto emburrado e reservado, fica atrás da sua mãe, contraída, preocupada, infeliz, todo o esforço que vo-cê possa fazer para cativá-la é em vão. Ela não quer dizer bom dia, recusa o brinquedo que você oferece; ela o observa, se preciso o julga, porém você não obterá nenhuma palavra de sua boca.

  • Ausência de confiança em si mesmo.

  • Auto-confiança ausente.

  • Autoritária, dá ordens e não tolera ser desobedecida, sua vontade tem que vir em primeiro lugar, quer porque quer e não dará sossego até que consiga o almejado.

  • Aversão pelo pão e pela carne.

  • Bebê faminto, pede o peito ou a mamadeira, mas rapidamente é saciado, bebendo somente alguns goles, e dorme no peito.

  • Caráter difícil e contraditório.

  • Chata.

  • Chorona.

  • Ciúmes.

  • Colérica.

  • Competitiva: tirar um dez só tem valor se ninguém mais tirou a mesma nota, se todos forem bem, não evidenciará a sua superioridade, não atesta que venceu na sua relação com os demais.

  • Concentração difícil.

  • Conscienciosa e até escrupulosa, pensa nos seus deveres e lições.

  • Consciente de sua fraca vitalidade.

  • Contestadora.

  • Covarde.

 

Crítica, esta criança torna-se o terror dos professores tímidos,

ela pode se mostrar irônica, insolente, mas igualmente violenta

e rancorosa, já na sua casa, ela é bem diferente.

 

  • Deprimida, sente-se infeliz.

  • Desejo:

    • De ser bajulada, ao mesmo tempo que é adulador, assim chora quando é agradecida, reconhecida ou elogiada.

    • De ter dinheiro.

    • De doces.

  • Despótica.

  • Detesta o que é novo, as pessoas de uma forma em geral, não quer conversar e entretanto não gosta de fi-car sozinha.

  • Difilmente empresta seus brinquedos.

  • Dificuldades de se adaptar (meio familiar, meio escolar).

  • Dislexia, não conseguindo encontrar os termos corretos, confundindo as palavras, as sílabas, as intervenções e custando a seguir uma conversação, a compreender e estudar.

  • Disortografia.

  • Dominadora.

  • Emotiva em excesso, uma manifestação amável ou um agradecimento de seus próximos a fazem chorar.

  • Escrupulosa.

  • Esforçadas, se tornam excelentes alunas, não pelo gosto aos estudos ou mesmo o deleite da intelectua-lidade, são bons alunos porque necessitam afirmar-se competentes perante seus colegas para que ninguém descubra que no seu íntomo são fracas e inseguras.

  • Exclusivista.

  • Fala com violência.

  • Gagueira.

  • Gesticula e grita (‘merdinha’, ‘desprezíveis’).

  • Gosta de jogos violentos.

  • Grosserias se posto a prova.

  • Grudada, ligada a seus pais, não gosta de estranhos, o que explica o fato de chorar com a presença dos demais.

  • Humor variável.

  • Insônia.

  • Insultam seus pais e superiores (professores).

  • Inteligência viva, rara, contrastando com uma insuficiência física.

  • Irritável até a cólera, sobretudo pela manhã, ao despertar e durante as doenças agudas.

  • Mal compreendida pelos pais.

  • Maníaca demais para se adaptar a um companheiro de jogo que não esteja habituado aos seus próprios costumes.

  • Medo:

    • De aparecer e falar em público.

    • Da sociedade.

    • De falhar nos seus projetos, no plano da escolaridade encontraremos um pequeno ‘caxias’, capaz de sacrificar suas diversões em troca de horas de estudo (teme o fracasso).

  • Memória frágil, dificuldade em lembrar dos nomes próprios

  • Mentalidade detalhista, deve-se evitar direcioná-la para a matemática a qual ela não compreende nada, trata-se de uma literata pois, neste campo, ela brilhará.

  • Não...

    • Tem vontade de falar.

    • Tolera contradição.

  • Necessidade:

    • De dar ordens, uma maneira equivocada de querer mostrar-se poderosa, faz questão de disputar e vencer, pois teme que as pessoas sintam que é um per-dedor e que tem um fracasso histórico.

    • De ficar só, mas teme a solidão.

    • De liderança e poder: se brincar de escolinha é o diretor, se brincar de circo é o dono, e pobre daqueles que não cumprem as suas ordens, pois vira um verdadeiro feitor, entretanto, se aparece alguém mais forte no pedaço, acovarda-se e adoece por ciúmes.

  • Nervosa.

  • Obstrução nasal crônica.

  • Onicofagia.

  • Oponente.

  • Orgulhosa, difícil reconhecer seus limites ou dar o braço a torcer.

  • Preocupada pelo desejo de ter êxito e de ser a primeira.

  • Rabugenta.

  • Rancorosa.

  • Reclama por um sim e por um não.

  • Rosto reflexivo.

  • Rudeza.

  • Sensível às advertências, nunca será útil lhe impor um castigo corporal.

  • Sensualidade.

  • Sentimento de inferioridade, de desamparo.

 

Suscetível ao menor castigo corporal, muito sensível às lições, mesmo as merecidas.

 

  • Taciturnos, perda do gosto pelos estudos e a ação.

  • Teme a novidade e tem horror às pessoas que não conhece.

  • Teme as responsabilidades que julga excessivas.

  • Tensa, raramente relaxada.

  • Terrores noturno.

  • Timidez.

  • Tiques.

  • Tirânica.

  • Transtornos: por raiva, ter que engolir desaforos e ficar calado, por antecipação, por ser contrariado e ter que lidar com não e limites.

  • Vontade de vencer, mesmo que tenha que trapacear, demonstrando assim um caráter menos louvável; se você jogar baralho ou damas com Lycopodium e vencer, prepare-se para o mal humor que virá, pois tais crianças têm um péssimo senso de esportividade, recusando o consolo.

 

Criança que nunca compreendeu porque sua mãe o deixava com

tanta freqüência, assim, continuará a se perguntar em

relação aos que vão embora se os verá um dia.

 

  • Abdome grande.

  • Aerofagia.

  • Anorexia agravada após um conflito mãe-criança.

  • Apetite variável, não ganha peso.

  • Asma.

  • Borborigmos.

  • Catarro freqüente.

  • Cefaléia devido ao esforço escolar (dor de cabeça vaga, pouco precisa).

  • Colites.

  • Constipação.

  • Digestão lenta com dispepsia.

  • Dores abdominais.

  • Eczema com prurido intenso.

  • Enurese.

  • Enxaquecas digestiva.

  • Eucoprese sobrevém após vexames ou choques emotivos mal suportados.

  • Flatulência.

  • Fome voraz mas logo saciada.

  • Franzina, membros delgados.

  • Infecções urinárias repetitivas com sedimento acentuado.

  • Náuseas.

  • Parasitoses.

  • Piroses.

  • Psoríase.

  • Rosto amarelado e envelhecido para a sua idade.

  • Suscetibilidade.

  • Urticária crônica.

  • Vômitos acetônicos.

 

Lycopodium, o Poder e o Dinheiro

 

               Lycopodium tem falta de confiança em si mesmo (‘perda de confiança em seu próprio poder’ – Allen); ‘falta de confiança em suas forças’ (Hahnemann). Poder para Lycopodium, é domínio sobre os outros, ‘ditatorial, amor ao poder’ (exclusivo) e a possibilidade de realizar atos. Por sentir que não tem poder, consta acertadamente em ‘impotência com desespero’.

               Modalizando estes dois sintomas, que vão juntos e na realidade são um só, mas não há forma de citá-los com uma só palavra: medo de fracassar (igual a Nux vômica), medo de falar em público, medo das pessoas, timidez, irresolução. Estes não são seus únicos medos, tem medo de muitas outras coisas, mas o constitutivo de Lycopodium está dado por sua falta de confiança, sua impotência e desamparo e os medos e as ansiedades que os modalizam.

               A outra face da moda, sempre presente, tenta estabelecer um jogo de equilíbrio com uma atitude orgulhosa, autoritária e depreciativa, sobretudo em seu desenvolvimento social, porque quer receber dos demais uma confirmação do contrário que ele intimamente sente, que o vejam valioso e não desvalorizado, valente e não covarde, autoritário e não tímido.

               Não tem medo da pobreza e, em geral, Lycopodium, não se preocupa excessivamente com o dinheiro, a não ser em função do poder. Por isso é avaro – porque cuida de suas armas. Por essa mesma razão é cobiçoso, porque não se descuida de seu arsenal. Joga por dinheiro, talvez por cobiça, talvez para mostrar aos demais que, também com a sorte, é todo-poderoso.

              A usura é uma forma de submeter os outros a seu poder (como faz com seus subordinados – ‘duro com seus inferiores e afetuoso com seus superiores’), colocando neste caso o dinheiro como seu superior. Parece claro que o dinheiro está a serviço da sicose de Lycopodium, por intermédio dele tenta mostrar o que quer que os demais vejam: poder. Para evitar que vejam o que existe no fundo: que ele não pode.

bottom of page